Política

O relatório final da CPI do Cachoeira

Divulgo antecipadamente esse relatório apenas para saciar o desejo profissional do furo jornalístico

Cabral e Cavendish na festa de Paris. Foto: Blog do Garotinho
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Hoje, lendo a entrevista sobre a CPMI do Cachoeira – em que o vice-presidente Michel Temer diz não ter sentido chamar o governador do Rio para depor, uma vez que jantar com empresário não é crime – tive meus sentidos aguçados. Sensações variadas me invadiram, inclusive aromas, alguns agradáveis, outros não. E dúvidas, muitas dúvidas também me acossaram. Então o que fiz?

Para ter certeza de uma perfeita tradução dessas sensações, resolvi consultar alguns amigos ligados aos mundos religioso e esotérico. Ouvi um cabalista, um imã, dois pais de santo, três pastores evangélicos, o padre da minha paróquia e mais um ocultista de uma antiga seita egípcia. Fui espiritualmente a Delfos, a Gizeh e a outros centros de saber oracular e, mais que a confirmação de que, sim, as festas dessas autoridades e seus amigos, em Paris e Mônaco, são pecaminosas e, por extensão, afrontosas, obtive um autêntico furo de reportagem: o relatório final da CPMI.

Baseados no que ouvem e leem diariamente e com profundo conhecimento da alma e, principalmente , do caráter dos homens, os sábios me passaram essa extraordinária peça documental que, agora, com alegria, repasso aos leitores. Antes, me observaram que o relatório final foi preparado bem no início das atividades da CPMI, exatamente para evitar especulações da imprensa e atrasos nas demais atividades produtivas do Legislativo. São as seguintes as principais conclusões inesperadas:

1. Carlinhos Cachoeira mantinha uma rede de políticos e funcionários públicos a seu serviço;

2. Nenhum governador de Estado envolveu-se direta ou indiretamente nessa rede;

3. As grosseiras imagens divulgadas à sociedade por todos os meios de comunicação não passam de tentativas de denegrir a reputação desses governadores, homens de bens (perdão, de bem), absolutamente probos, e desqualificar o duro trabalho que desenvolvem em benefício do povo;

4. Tais calúnias e difamações possuem graves vícios de origem (seus divulgadores mais notórios) e, portanto, não podem merecer crédito;

5. Fica evidenciada a necessidade de um rígido controle (social) dos meios de informação, tendo em vista o enxovalhamento de reputações insistentemente promovido por essas instituições, com o único propósito de distrair a atenção da população e aumentar seu faturamento publicitário pela constante exploração do vil e do escandaloso;

6. Serão criadas e ativadas outras CPMIs, sempre que o interesse público o justificar, para promover apuração isenta, equilibrada e justa das denúncias relatadas;

7. Lamenta o envolvimento de empresas prestadoras de serviços ao Poder Público nas denúncias infundadas, observando que se trata de instituições de passado inatacável e presente sem restrições, sendo, assim, credoras do respeito de todos os cidadãos;

8. A conclusão do item anterior absolutamente nada tem a ver com questões ligadas a financiamentos de campanhas parlamentares, de vez que estas, como é sabido, são produzidas pelo labor diuturno da militância e graças a fundos reunidos através de mutirões populares, shows de artistas engajados, como Paul McCartney, Madonna e Lady Gaga, entre outros, tudo fiscalizado pela Justiça Eleitoral.

Em outra parte do relatório, os membros da presente CPMI “repelem, com, indignação, as maldosas insinuações de que buscavam apenas notoriedade em período pré-eleitoral e que estivessem subordinados a orientações externas. Nesse sentido, abrem movimento para coleta de assinaturas destinadas à formação de uma outra CPMI: a das atividades da imprensa”.

Divulgo antecipadamente esse relatório apenas para saciar o desejo profissional do furo jornalístico – que meus colegas só poderão publicar daqui a algum tempo, com afirmações que, provavelmente, vão eclipsar um pouco a realidade dos fatos.

Confiram o que virá e depois me cobrem qualquer (improvável) inexatidão do que profetizaram meus mentores esotéricos.

Hoje, lendo a entrevista sobre a CPMI do Cachoeira – em que o vice-presidente Michel Temer diz não ter sentido chamar o governador do Rio para depor, uma vez que jantar com empresário não é crime – tive meus sentidos aguçados. Sensações variadas me invadiram, inclusive aromas, alguns agradáveis, outros não. E dúvidas, muitas dúvidas também me acossaram. Então o que fiz?

Para ter certeza de uma perfeita tradução dessas sensações, resolvi consultar alguns amigos ligados aos mundos religioso e esotérico. Ouvi um cabalista, um imã, dois pais de santo, três pastores evangélicos, o padre da minha paróquia e mais um ocultista de uma antiga seita egípcia. Fui espiritualmente a Delfos, a Gizeh e a outros centros de saber oracular e, mais que a confirmação de que, sim, as festas dessas autoridades e seus amigos, em Paris e Mônaco, são pecaminosas e, por extensão, afrontosas, obtive um autêntico furo de reportagem: o relatório final da CPMI.

Baseados no que ouvem e leem diariamente e com profundo conhecimento da alma e, principalmente , do caráter dos homens, os sábios me passaram essa extraordinária peça documental que, agora, com alegria, repasso aos leitores. Antes, me observaram que o relatório final foi preparado bem no início das atividades da CPMI, exatamente para evitar especulações da imprensa e atrasos nas demais atividades produtivas do Legislativo. São as seguintes as principais conclusões inesperadas:

1. Carlinhos Cachoeira mantinha uma rede de políticos e funcionários públicos a seu serviço;

2. Nenhum governador de Estado envolveu-se direta ou indiretamente nessa rede;

3. As grosseiras imagens divulgadas à sociedade por todos os meios de comunicação não passam de tentativas de denegrir a reputação desses governadores, homens de bens (perdão, de bem), absolutamente probos, e desqualificar o duro trabalho que desenvolvem em benefício do povo;

4. Tais calúnias e difamações possuem graves vícios de origem (seus divulgadores mais notórios) e, portanto, não podem merecer crédito;

5. Fica evidenciada a necessidade de um rígido controle (social) dos meios de informação, tendo em vista o enxovalhamento de reputações insistentemente promovido por essas instituições, com o único propósito de distrair a atenção da população e aumentar seu faturamento publicitário pela constante exploração do vil e do escandaloso;

6. Serão criadas e ativadas outras CPMIs, sempre que o interesse público o justificar, para promover apuração isenta, equilibrada e justa das denúncias relatadas;

7. Lamenta o envolvimento de empresas prestadoras de serviços ao Poder Público nas denúncias infundadas, observando que se trata de instituições de passado inatacável e presente sem restrições, sendo, assim, credoras do respeito de todos os cidadãos;

8. A conclusão do item anterior absolutamente nada tem a ver com questões ligadas a financiamentos de campanhas parlamentares, de vez que estas, como é sabido, são produzidas pelo labor diuturno da militância e graças a fundos reunidos através de mutirões populares, shows de artistas engajados, como Paul McCartney, Madonna e Lady Gaga, entre outros, tudo fiscalizado pela Justiça Eleitoral.

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