Política

O Judiciário em crise

O órgão especial do tribunal decidiu não suspender os desembolsos, que chegaram a 1,5 milhão de reais

O presidente do STF, Cezar Peluso. Foto: Wilson Dias/ABr
Apoie Siga-nos no

Não adianta se dizer vitima de campanha difamatória. Ou afirmar, como fez o ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, que é suicida uma sociedade que degrada o Judiciário.

A culpa da péssima fama é  de quem comanda os tribunais. Em São Paulo, noticiam os sites, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo recusou por 15 votos a 9 a suspensão imediata da quitação de atrasados para o grupo de magistrados que recebeu pagamentos privilegiados do tribunal entre 2006 e 2010.

A proposta havia sido feita pelo presidente da corte, Ivan Sartori, após a revelação dos pagamentos pela mídia. Desembargadores receberam entre 400 mil e 1,5 milhão de reais – em desembolsos totalmente fora das normas constitucionais.

Alguns faziam parte da comissão de orçamento, ou seja, eram os responsáveis por definir os pagamentos do tribunal e beneficiaram a si próprios em detrimentos dos demais pares.

Conforme relatou CartaCapital na reportagem de capa da última edição, um juiz teve indeferido um pedido de quitação de atrasados no valor de 40 mil reais. Justificou a solicitação: precisava custear o tratamento de câncer do pai.

Semanas depois, os mesmos desembargadores que lhe negaram o dinheiro liberaram para eles mesmos – e sem qualquer justificativa – cerca de 300 mil reais cada.

Não adianta se dizer vitima de campanha difamatória. Ou afirmar, como fez o ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, que é suicida uma sociedade que degrada o Judiciário.

A culpa da péssima fama é  de quem comanda os tribunais. Em São Paulo, noticiam os sites, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo recusou por 15 votos a 9 a suspensão imediata da quitação de atrasados para o grupo de magistrados que recebeu pagamentos privilegiados do tribunal entre 2006 e 2010.

A proposta havia sido feita pelo presidente da corte, Ivan Sartori, após a revelação dos pagamentos pela mídia. Desembargadores receberam entre 400 mil e 1,5 milhão de reais – em desembolsos totalmente fora das normas constitucionais.

Alguns faziam parte da comissão de orçamento, ou seja, eram os responsáveis por definir os pagamentos do tribunal e beneficiaram a si próprios em detrimentos dos demais pares.

Conforme relatou CartaCapital na reportagem de capa da última edição, um juiz teve indeferido um pedido de quitação de atrasados no valor de 40 mil reais. Justificou a solicitação: precisava custear o tratamento de câncer do pai.

Semanas depois, os mesmos desembargadores que lhe negaram o dinheiro liberaram para eles mesmos – e sem qualquer justificativa – cerca de 300 mil reais cada.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo