Política

O cerco se fecha contra Demóstenes

Após negativa do STF em enviar íntegra de inquérito da PF, cresce apoio por CPI mista para investigar laços do bicheiro com parlamentares

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Foto: Antonio Cruz/ABr
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Após a negativa do Supremo Tribunal Federal (STF) em enviar ao Senado a íntegra do inquérito da Polícia Federal sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o Conselho de Ética do Senado decidiu abrir nesta terça-feira 10 um processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de relações com os negócios ilegais do empresário do jogo.

Torres esperava que a decisão do Supremo abrandasse o caso, mas o desfecho da história caminha agora para direção contrária: foram impulsionadas as movimentações no Congresso para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com a participação de deputados e senadores, para averiguar os laços de Cachoeira com parlamentares e autoridades.

As bases da CPMI foram acertadas entre os presidentes da Câmara e do Senado, deputado Marco Maia (PT-RS) e senador José Sarney (PMDB-AP).

Maia, que foi ao gabinete de Sarney, disse que o presidente do Senado iria conversar com os líderes partidários daquela Casa para fechar o acordo. Maia acredita que há 100% de chance de se criar a comissão mista.

Segundo ele, todos os líderes da Câmara, com quem se reuniu à tarde  apoiaram a criação da comissão. A instalação e o inicio dos trabalhos da CPMI, segundo Maia, deverá ocorrer já nos primeiros dias da próxima semana.

Na Câmara, já há assinaturas suficientes para abrir a Comissão – ao menos 171. No Senado, a exigência é de 27 assinaturas.

Conselho de Ética. O processo protocolado pelo PSOL na última semana foi aceito pelo presidente provisório do Conselho de Ética, Antônio Carlos Valadares (PSB-ES), escolhido pelos líderes partidários para ocupar o cargo poucas horas antes do início da reunião por ser o integrante mais idoso no colegiado.

O cargo é do PMDB, mas está vago desde o ano passado com a saída do senador João Alberto Souza (PMDB-MA), licenciado para assumir um cargo no governo do Maranhão.

O PMDB não teve senadores interessados no cargo, mas não quer abrir mão da cadeira em definitivo. A escolha foi anunciada pelo líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), ao sair de uma reunião com os líderes Renan Calheiros (PMDB), Walter Pinheiro (PT) e Eduardo Braga (líder do governo no Senado).

Demostenes terá 10 dias para se defender após o sorteio do relator, que ficará com a missão de indicar a punição ou não do parlamentar.

Com informações Agência Senado

Após a negativa do Supremo Tribunal Federal (STF) em enviar ao Senado a íntegra do inquérito da Polícia Federal sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o Conselho de Ética do Senado decidiu abrir nesta terça-feira 10 um processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de relações com os negócios ilegais do empresário do jogo.

Torres esperava que a decisão do Supremo abrandasse o caso, mas o desfecho da história caminha agora para direção contrária: foram impulsionadas as movimentações no Congresso para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com a participação de deputados e senadores, para averiguar os laços de Cachoeira com parlamentares e autoridades.

As bases da CPMI foram acertadas entre os presidentes da Câmara e do Senado, deputado Marco Maia (PT-RS) e senador José Sarney (PMDB-AP).

Maia, que foi ao gabinete de Sarney, disse que o presidente do Senado iria conversar com os líderes partidários daquela Casa para fechar o acordo. Maia acredita que há 100% de chance de se criar a comissão mista.

Segundo ele, todos os líderes da Câmara, com quem se reuniu à tarde  apoiaram a criação da comissão. A instalação e o inicio dos trabalhos da CPMI, segundo Maia, deverá ocorrer já nos primeiros dias da próxima semana.

Na Câmara, já há assinaturas suficientes para abrir a Comissão – ao menos 171. No Senado, a exigência é de 27 assinaturas.

Conselho de Ética. O processo protocolado pelo PSOL na última semana foi aceito pelo presidente provisório do Conselho de Ética, Antônio Carlos Valadares (PSB-ES), escolhido pelos líderes partidários para ocupar o cargo poucas horas antes do início da reunião por ser o integrante mais idoso no colegiado.

O cargo é do PMDB, mas está vago desde o ano passado com a saída do senador João Alberto Souza (PMDB-MA), licenciado para assumir um cargo no governo do Maranhão.

O PMDB não teve senadores interessados no cargo, mas não quer abrir mão da cadeira em definitivo. A escolha foi anunciada pelo líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), ao sair de uma reunião com os líderes Renan Calheiros (PMDB), Walter Pinheiro (PT) e Eduardo Braga (líder do governo no Senado).

Demostenes terá 10 dias para se defender após o sorteio do relator, que ficará com a missão de indicar a punição ou não do parlamentar.

Com informações Agência Senado

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