Política

Nozinho Correa, o candidato que declara ter 4,5 milhões de reais em espécie

O pecuarista, postulante à prefeitura de Linhares (ES), diz que não se lembrava do valor porque “rola” muito dinheiro por ano

Nozinho: “Eu não vou pegar quatro milhões e meio de reais. Não sou doido.” Foto: Reprodução
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Candidato à Prefeitura de Linhares, no Espírito Santo, o pecuarista Nozinho Correa (PDT) é o postulante com mais dinheiro vivo declarado à Justiça Eleitoral. Correa afirmou ter 4,5 milhões de reais em espécie em sua declaração de bens, o maior valor entre os 464.701 postulantes a prefeito e vereador nas eleições deste ano. Apesar da enorme quantidade de dinheiro declarado, Correa diz nunca ter visto o valor. “Eu não vou pegar quatro milhões e meio. Não sou doido.”

Correa afirma que a verba “deve” ser proveniente da compra e venda de gado, sua principal atividade econômica. Em conversa inicial com CartaCapital, Correa negou a existência do valor. Depois voltou atrás e confirmou que a declaração estava correta. “Se a minha contadora declarou, está tudo certo. Eu não lembro disso. É tanto dinheiro que rola por ano, dinheiro de gado. Eu vendo mil bois, dois mil bois, quatro mil bois numa porrada só. E não dá quatro (milhões de reais). Dá mais, dá o dobro”, disse Correa.

Correa também disse que todas as suas declarações de bens são legais e precisas. “Não tenho nada fora da lei, uma vírgula. Você está falando com o cara mais sério do Brasil.” Os bens do candidato pecuarista somam 25 milhões de reais. Ele possui oito terrenos, no valor total de R$ 8,2 milhões de reais.

Por exigência da Justiça Eleitoral, os candidatos devem declarar todos os seus bens. As declarações podem conter erros e não são fiscalizadas na apresentação das candidaturas. Outros dois candidatos haviam declarado ter mais dinheiro em espécie do que Nozinho, mas já pediram a retificação do valor ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Levantamento feito por CartaCapital com dados parciais da Justiça Eleitoral mostrou que o dinheiro vivo é a , que têm 1,01 bilhão de reais em moeda nacional e 14,3 milhões em moeda estrangeira. Opção comum dos brasileiros nos tempos de inflação galopante, o dinheiro vivo é o pesadelo da Receita Federal. É a forma mais difícil de os fiscais identificarem a movimentações ilícitas.

Os dados estão disponíveis para consulta no site do TSE.

Candidato à Prefeitura de Linhares, no Espírito Santo, o pecuarista Nozinho Correa (PDT) é o postulante com mais dinheiro vivo declarado à Justiça Eleitoral. Correa afirmou ter 4,5 milhões de reais em espécie em sua declaração de bens, o maior valor entre os 464.701 postulantes a prefeito e vereador nas eleições deste ano. Apesar da enorme quantidade de dinheiro declarado, Correa diz nunca ter visto o valor. “Eu não vou pegar quatro milhões e meio. Não sou doido.”

Correa afirma que a verba “deve” ser proveniente da compra e venda de gado, sua principal atividade econômica. Em conversa inicial com CartaCapital, Correa negou a existência do valor. Depois voltou atrás e confirmou que a declaração estava correta. “Se a minha contadora declarou, está tudo certo. Eu não lembro disso. É tanto dinheiro que rola por ano, dinheiro de gado. Eu vendo mil bois, dois mil bois, quatro mil bois numa porrada só. E não dá quatro (milhões de reais). Dá mais, dá o dobro”, disse Correa.

Correa também disse que todas as suas declarações de bens são legais e precisas. “Não tenho nada fora da lei, uma vírgula. Você está falando com o cara mais sério do Brasil.” Os bens do candidato pecuarista somam 25 milhões de reais. Ele possui oito terrenos, no valor total de R$ 8,2 milhões de reais.

Por exigência da Justiça Eleitoral, os candidatos devem declarar todos os seus bens. As declarações podem conter erros e não são fiscalizadas na apresentação das candidaturas. Outros dois candidatos haviam declarado ter mais dinheiro em espécie do que Nozinho, mas já pediram a retificação do valor ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Levantamento feito por CartaCapital com dados parciais da Justiça Eleitoral mostrou que o dinheiro vivo é a , que têm 1,01 bilhão de reais em moeda nacional e 14,3 milhões em moeda estrangeira. Opção comum dos brasileiros nos tempos de inflação galopante, o dinheiro vivo é o pesadelo da Receita Federal. É a forma mais difícil de os fiscais identificarem a movimentações ilícitas.

Os dados estão disponíveis para consulta no site do TSE.

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