Política
DEM desiste de São Paulo para priorizar Salvador
Eleição de ACM Neto é a maior esperança do partido convalescente nestas eleições, mas pode levar tucano Imbassahy ao palanque PT
O PSDB fecha nesta sexta-feira 18 o apoio à candidatura do deputado federal ACM Neto (DEM-BA) à Prefeitura de Salvador. Para conseguir o apoio dos tucanos em na capital baiano, o DEM sacrificou uma candidatura própria em São Paulo e declarou na véspera o apoio a José Serra (PSDB). A desistência se deu para priorizar Salvador, onde o partido terá sua única chance de conquistar algum cargo relevante nas eleições de outubro. Atualmente, o partido, em crise, não tem prefeitos em capitais.
O DEM começou seu declínio há uma década, quando ainda se chamava PFL e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era o presidente da República. Acuado pelo mau resultado nas eleições de 2006, mudou seu nome para DEM (Democratas) em 2007. A mudança não ajudou em nada e o partido continuou minguando nas eleições seguintes. Quando Gilberto Kassab, um dos principais nomes do DEM, criou o PSD, os democratas ainda perderam 103 dos 496 prefeitos que elegeram em 2006, segundo estudo da Confederação Nacional dos Municípios.
O carlismo – nome do movimento político ligado ao ex-senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007 – está perdendo seu poder na Bahia, mas mesmo assim o político mais jovem da família ACM é a prioridade do partido. Os principais adversários de ACM Neto devem ser o deputado federal petista Nelson Pelegrino e o peemedebista Mário Kertész.
Tucano frustrado
A barganha em plano nacional do PSDB e do DEM frustra as intenções de Antônio Imbassahy (PSDB) ser candidato. O tucano fazia parte do PFL, mas rumou para o PSDB em 2005, após romper com o carlismo.
Vitorioso em duas eleições para a prefeitura na cidade (1998 e 2002), Imbassahy teve resultados fracos nos últimos pleitos disputados. Em 2006, tentou o Senado e ficou em terceiro lugar, com 14,06% dos votos. Em 2008, amargou um quarto lugar na disputa da prefeitura, com 8,36% dos votos. Na última eleição, em 2010, teve que se conformar com um lugar na Câmara dos Deputados.
Apesar das votações pouco expressivas, o DEM quer Imbassahy no palanque de ACM Neto. Contrariado, o ex-prefeito não parece disposto a colaborar e já é sondado pelo PSD para mudar de partido. Neste caso, o tucano migraria direto para o palanque do PT.
O PSDB fecha nesta sexta-feira 18 o apoio à candidatura do deputado federal ACM Neto (DEM-BA) à Prefeitura de Salvador. Para conseguir o apoio dos tucanos em na capital baiano, o DEM sacrificou uma candidatura própria em São Paulo e declarou na véspera o apoio a José Serra (PSDB). A desistência se deu para priorizar Salvador, onde o partido terá sua única chance de conquistar algum cargo relevante nas eleições de outubro. Atualmente, o partido, em crise, não tem prefeitos em capitais.
O DEM começou seu declínio há uma década, quando ainda se chamava PFL e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era o presidente da República. Acuado pelo mau resultado nas eleições de 2006, mudou seu nome para DEM (Democratas) em 2007. A mudança não ajudou em nada e o partido continuou minguando nas eleições seguintes. Quando Gilberto Kassab, um dos principais nomes do DEM, criou o PSD, os democratas ainda perderam 103 dos 496 prefeitos que elegeram em 2006, segundo estudo da Confederação Nacional dos Municípios.
O carlismo – nome do movimento político ligado ao ex-senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007 – está perdendo seu poder na Bahia, mas mesmo assim o político mais jovem da família ACM é a prioridade do partido. Os principais adversários de ACM Neto devem ser o deputado federal petista Nelson Pelegrino e o peemedebista Mário Kertész.
Tucano frustrado
A barganha em plano nacional do PSDB e do DEM frustra as intenções de Antônio Imbassahy (PSDB) ser candidato. O tucano fazia parte do PFL, mas rumou para o PSDB em 2005, após romper com o carlismo.
Vitorioso em duas eleições para a prefeitura na cidade (1998 e 2002), Imbassahy teve resultados fracos nos últimos pleitos disputados. Em 2006, tentou o Senado e ficou em terceiro lugar, com 14,06% dos votos. Em 2008, amargou um quarto lugar na disputa da prefeitura, com 8,36% dos votos. Na última eleição, em 2010, teve que se conformar com um lugar na Câmara dos Deputados.
Apesar das votações pouco expressivas, o DEM quer Imbassahy no palanque de ACM Neto. Contrariado, o ex-prefeito não parece disposto a colaborar e já é sondado pelo PSD para mudar de partido. Neste caso, o tucano migraria direto para o palanque do PT.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.