Mundo
Clima de tensão diminui entre brasiguaios e sem-terra paraguaios
Os agricultores brasileiros que vivem na região enfrentam a pressão dos sem-terra paraguaios, que pedem para abandonarem as terras


Renata Giraldi*
Brasília – A tensão no Alto Paraná, fronteira do Paraguai com o Brasil, foi reduzida nesta quinta-feira 2 diante da possibilidade de uma solução negociada pelo governo. Há mais de uma semana, os chamados brasiguaios, agricultores brasileiros que vivem na região, enfrentam a pressão dos sem-terra paraguaios, denominados carperos, que querem que eles abandonem as terras. Paralelamente, o governo do presidente Fernando Lugo aumentou a segurança no local.
O comandante das Forças Armadas do Paraguai, Felipe Melgarejo, foi na quarta-feira 1º ao Congresso para prestar explicações sobre os conflitos entre brasiguaios e sem-terra. Na audiência com os parlamentares, o militar disse que o governo pretende rever os procedimentos de medição das terras e comprometeu-se a buscar uma solução para o impasse.
Desde o mês passado, brasiguaios enfrentam a pressão dos sem-terra na região de Santa Rosa del Monday, no Alto Paraná. Para os sem-terra paraguaios, a área foi ocupada irregularmente, pois anteriormente estava previsto que ela seria utilizada para reforma agrária. No entanto, os brasileiros negam que as terras sejam irregulares.
No Paraguai, a delimitação de terras é submetida a uma legislação complexa. Mas as definições mas delicadas se referem às áreas de fronteira. A estimativa é que cerca de 350 mil brasileiros vivam em território paraguaio – a maioria é de agricultores.
A controvérsia envolvendo brasileiros e paraguaios é tema de reuniões diárias entre as autoridades dos dois países. A Embaixada do Brasil no Paraguai informou que o embaixador Eduardo Santos dedica-se nos últimos dias a conversar com integrantes do governo Lugo e parlamentares para encerrar a tensão.
No Brasil, o assunto é acompanhado pelo encarregado de Negócios do Paraguai no Brasil (o principal representante do governo em Brasília), Didier Olmedo.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
Renata Giraldi*
Brasília – A tensão no Alto Paraná, fronteira do Paraguai com o Brasil, foi reduzida nesta quinta-feira 2 diante da possibilidade de uma solução negociada pelo governo. Há mais de uma semana, os chamados brasiguaios, agricultores brasileiros que vivem na região, enfrentam a pressão dos sem-terra paraguaios, denominados carperos, que querem que eles abandonem as terras. Paralelamente, o governo do presidente Fernando Lugo aumentou a segurança no local.
O comandante das Forças Armadas do Paraguai, Felipe Melgarejo, foi na quarta-feira 1º ao Congresso para prestar explicações sobre os conflitos entre brasiguaios e sem-terra. Na audiência com os parlamentares, o militar disse que o governo pretende rever os procedimentos de medição das terras e comprometeu-se a buscar uma solução para o impasse.
Desde o mês passado, brasiguaios enfrentam a pressão dos sem-terra na região de Santa Rosa del Monday, no Alto Paraná. Para os sem-terra paraguaios, a área foi ocupada irregularmente, pois anteriormente estava previsto que ela seria utilizada para reforma agrária. No entanto, os brasileiros negam que as terras sejam irregulares.
No Paraguai, a delimitação de terras é submetida a uma legislação complexa. Mas as definições mas delicadas se referem às áreas de fronteira. A estimativa é que cerca de 350 mil brasileiros vivam em território paraguaio – a maioria é de agricultores.
A controvérsia envolvendo brasileiros e paraguaios é tema de reuniões diárias entre as autoridades dos dois países. A Embaixada do Brasil no Paraguai informou que o embaixador Eduardo Santos dedica-se nos últimos dias a conversar com integrantes do governo Lugo e parlamentares para encerrar a tensão.
No Brasil, o assunto é acompanhado pelo encarregado de Negócios do Paraguai no Brasil (o principal representante do governo em Brasília), Didier Olmedo.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
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