Política

Cachoeira não responde perguntas em CPI

Bicheiro diz ter “muito a dizer”, mas que só falará futuramente. Sua defesa, comandada pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, vai tentar anular as investigações

Cachoeira e seu advogado, Márcio Thomaz Bastos, durante depoimento na CPI. Foto: Antônio Cruz / ABr
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O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, recusou-se, nesta terça-feira 22, a responder perguntas em seu depoimento à CPI que investiga suas relações com políticos e empresários. Cachoeira disse ter “muito a dizer”, mas afirmou que só irá responder às perguntas dos congressistas futuramente.

“Constitucionalmente, fui advertido pelos advogados para não falar nada. Somente depois da audiência que teremos no juiz, se por ventura achar que eu deva contribuir, podem me chamar que eu responderei a qualquer pergunta”, disse Cachoeira no início da sessão. Essa primeira audiência de Cachoeira com a Justiça deve ocorrer apenas no fim de maio ou começo de junho. A estratégia da defesa de Cachoeira é tentar anular toda a investigação que foi realizada contra ele.

Grisalho e sem óculos, Cachoeira chegou ao lado da mulher, Andressa Mendonça, e esteve o tempo todo acompanhado por seu advogado, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), foi o primeiro a fazer as perguntas. Ele desistiu de inquirir o contraventor após o terceiro questionamento sem respostas. Após o relator, outro deputados e senadores continuaram a fazer perguntas para o bicheiro, apesar da recusa de Cachoeira em dar respostas. Alguns aproveitaram para, com as perguntas, atacar seus adversários políticos.

A sessão encerrou após pouco mais de duas horas. Os congressistas aprovaram requerimento assinado pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e outros parlamentares pedindo o fim da audiência com Cachoeira.

O depoimento de Cachoeira iria ocorrer originalmente no dia 15 de maio, mas foi adiado devido a uma liminar do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. A defesa argumentava que Cachoeira não poderia comparecer à CPI antes dele ter acesso aos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo. Após a defesa ter acesso às investigações, Mello reviu sua decisão nesta segunda-feira 21 e o depoimento foi remarcado para esta terça-feira.

A sessão encerrou após pouco mais de duas horas. Os congressistas aprovaram requerimento assinado pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO) e outros pedindo o fim da audiência com Cachoeira.

STJ rejeita habeas corpus

A 5ª turma do Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Cachoeira na sessão desta tarde. Dos 5 ministros, 4 votaram contra a saída do bicheiro do presídio da Papuda, em Brasília.

O desembargador convocado Adilson Macabu foi o único a votar a favor do pedido. Macabu havia proposto a troca da prisão por medidas alternativas, mas não foi seguido pelos colegas.

Atualizado às 17h50

O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, recusou-se, nesta terça-feira 22, a responder perguntas em seu depoimento à CPI que investiga suas relações com políticos e empresários. Cachoeira disse ter “muito a dizer”, mas afirmou que só irá responder às perguntas dos congressistas futuramente.

“Constitucionalmente, fui advertido pelos advogados para não falar nada. Somente depois da audiência que teremos no juiz, se por ventura achar que eu deva contribuir, podem me chamar que eu responderei a qualquer pergunta”, disse Cachoeira no início da sessão. Essa primeira audiência de Cachoeira com a Justiça deve ocorrer apenas no fim de maio ou começo de junho. A estratégia da defesa de Cachoeira é tentar anular toda a investigação que foi realizada contra ele.

Grisalho e sem óculos, Cachoeira chegou ao lado da mulher, Andressa Mendonça, e esteve o tempo todo acompanhado por seu advogado, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), foi o primeiro a fazer as perguntas. Ele desistiu de inquirir o contraventor após o terceiro questionamento sem respostas. Após o relator, outro deputados e senadores continuaram a fazer perguntas para o bicheiro, apesar da recusa de Cachoeira em dar respostas. Alguns aproveitaram para, com as perguntas, atacar seus adversários políticos.

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O depoimento de Cachoeira iria ocorrer originalmente no dia 15 de maio, mas foi adiado devido a uma liminar do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. A defesa argumentava que Cachoeira não poderia comparecer à CPI antes dele ter acesso aos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo. Após a defesa ter acesso às investigações, Mello reviu sua decisão nesta segunda-feira 21 e o depoimento foi remarcado para esta terça-feira.

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