Política

Arrependimento de servidor que recebeu propina motivou operação da PF

Auditor do Tribunal de Contas da União diz ter recebido 50 mil reais para forjar relatório

Arrependimento de servidor que recebeu propina motivou operação da PF
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A operação Porto Seguro começou com o arrependimento de um funcionário público que recebeu propina, segundo a Folha de S. Paulo. Cyonil da Cunha Borges de Faria Jr., auditor do Tribunal de Contas da União, contou que Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), o ofereceu 300 mil reais para fazer um relatório favorável à Tecondi, empresa de contêineres que opera em Santos, segundo relatório da PF obtido pelo jornal. Segundo a PF, Vieira é o principal articulador do esquema de venda de pareceres.

Ainda segundo o jornal, a empresa precisaria do parecer favorável porque o TCU investigava se a Tecondi usava instalações portuárias que não estavam previstas na concorrência inicial da Codesp, feita em 1998.

O auditor do TCU disse que não aceitou a oferta de 300 mil reais, mas mesmo assim lhe deram dois pacotes com 50 mil reais.  Nesse parecer, ele defendeu a continuidade das operações da empresa.

Arrependido, ele procurou a PF, devolveu o dinheiro e virou delator. Com as informações, a polícia passou a monitorar telefones de Vieira.

Ligação para Dirceu

Ainda segundo o jornal, Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, ligou para o ex-ministro José Dirceu pedindo ajuda após a Polícia Federal iniciar a operação de busca e apreensão em seu apartamento na sexta-feira 23. A ligação teria sido feita por volta das seis horas da manhã e Dirceu teria dito que não podia fazer nada por ela.

Antes de ser nomeada chefe de gabinete da presidência em 2005, pelo ex-presidente Lula, Rosemary trabalhou por quase 12 anos como secretária de Dirceu.

Segundo o jornal Estado de S. Paulo ela teria intermediado encontros de autoridades com integrantes da organização criminosa. Ela teria marcado reuniões com o ministro Fernando Pimentel e com o governador da Bahia, Jaques Wagner, a pedido de empresários que foram presos em operação

A PF indiciou, por formação de quadrilha, dois servidores da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), três advogados e um empresário. Todos estão presos e o servidores públicos federais foram demitidos pela presidência da República no sábado 23.

A operação Porto Seguro começou com o arrependimento de um funcionário público que recebeu propina, segundo a Folha de S. Paulo. Cyonil da Cunha Borges de Faria Jr., auditor do Tribunal de Contas da União, contou que Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), o ofereceu 300 mil reais para fazer um relatório favorável à Tecondi, empresa de contêineres que opera em Santos, segundo relatório da PF obtido pelo jornal. Segundo a PF, Vieira é o principal articulador do esquema de venda de pareceres.

Ainda segundo o jornal, a empresa precisaria do parecer favorável porque o TCU investigava se a Tecondi usava instalações portuárias que não estavam previstas na concorrência inicial da Codesp, feita em 1998.

O auditor do TCU disse que não aceitou a oferta de 300 mil reais, mas mesmo assim lhe deram dois pacotes com 50 mil reais.  Nesse parecer, ele defendeu a continuidade das operações da empresa.

Arrependido, ele procurou a PF, devolveu o dinheiro e virou delator. Com as informações, a polícia passou a monitorar telefones de Vieira.

Ligação para Dirceu

Ainda segundo o jornal, Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, ligou para o ex-ministro José Dirceu pedindo ajuda após a Polícia Federal iniciar a operação de busca e apreensão em seu apartamento na sexta-feira 23. A ligação teria sido feita por volta das seis horas da manhã e Dirceu teria dito que não podia fazer nada por ela.

Antes de ser nomeada chefe de gabinete da presidência em 2005, pelo ex-presidente Lula, Rosemary trabalhou por quase 12 anos como secretária de Dirceu.

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