Política

Acusações são “loucas e caluniosas”, diz Paulo Preto na CPI

Ex-diretor da Dersa nega ser operador de caixa 2 e diz que não ter se envolvido em irregularidades com a construtora Delta

Paulo Preto durante depoimento na CPI do Cachoeira. Foto: Antonio Cruz / ABr
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O engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, estatal rodoviária do governo de São Paulo, qualificou nesta quarta-feira (29) todas as denúncias contra ele de “loucas e caluniosas”. Em depoimento à CPI do Cachoeira, Paulo Preto, como é conhecido, disse que “pediu a Deus” para ser convocado e poder se defender das acusações. Paulo Preto entregou à CPI uma série de documentos que, segundo ele, comprovam que ele não se envolveu em nenhuma irregularidade.

Apontado como responsável por contatos entre a estatal paulista e a empresa Delta Construções, Paulo Souza admitiu conhecer o ex-dono da empreiteira Fernando Cavendish, mas negou que tenha praticado qualquer irregularidade em mais de 20 anos ocupando cargos públicos. Ele disse que tratou de questões ligadas à Delta com André Ferreira Machado, gestor da empreiteira, e duas vezes com Cavendish. “Uma para ele se apresentar e outra para dizer que cumpriria um contrato e cumpriu”, explicou Souza.

De acordo com Paulo Souza, a Delta participou de todas as licitações referentes à obra da Marginal Tietê e ganhou apenas uma. “A única obra que a Delta tem na Dersa é a obra da marginal, que representa 1,9% dos valores licitados. Todas as demais, ela perdeu por preço maior. Isso é diferente de tudo que ouvi até hoje”, frisou o engenheiro. “Ouvi que a Delta faturou R$ 800 milhões [em contratos com a Dersa], que mergulhava o preço, mas em São Paulo não foi isso”, acrescentou o ex-diretor da estatal paulista.

Acusado de ser operador de um suposto caixa 2 do PSDB em São Paulo, Souza informou à CPI que move 16 ações na Justiça contra as pessoas que o acusaram. Segundo ele, em cinco processos já ganhou em primeira e segunda instâncias.


“Atribuo [as acusações] à má-fé, injúria e ingratidão. Recebi [as denúncias] de pessoas que nunca me viram e nunca me cumprimentaram. Restava-me um clamor. O Senado e a Câmara estão dando o direito a um líder ferido de comprovar e entregar todos os documentos do que eu falar. Pedi a Deus para ser convocado para esta CPI. Fui demitido oito dias após entregar as três maiores obras do país, feitas em 34 meses”, disse Souza.

Na terça-feira, o ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot prestou depoimento à CPI. Diante dos parlamentares, Pagot retirou as acusações que havia feito contra Paulo Souza.

Em junho, em entrevista, Pagot acusou o PSDB de fazer Caixa 2 nas obras do trecho sul do Rodoanel, obra viária que contorna a cidade de São Paulo. Pagot disse em junho ter sido pressionado a assinar, em nome do Dnit (responsável por obras viárias em todo o Brasil), um aditivo de R$ 264 milhões ao contrato original do Rodoanel. Pagot diz ter rejeitado a assinatura pois ela violava as regras da licitação realizada (o governo federal contribuiu com mais de R$ 1 bilhão para as obras do Rodoanel). Após a negativa, Pagot disse ter sido pressionado, especialmente por Paulo Souza. “Aquele convênio tinha um percentual ali que era para a campanha. Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do (José) Serra”, disse Pagot em junho. Na terça-feira, Pagot voltou atrás e disse ter ouvido a história do Caixa 2 num bar. “Isto é uma conversa de bêbado, de botequim, que não pode se provar”, afirmou.

Com informações da Agência Brasil

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, estatal rodoviária do governo de São Paulo, qualificou nesta quarta-feira (29) todas as denúncias contra ele de “loucas e caluniosas”. Em depoimento à CPI do Cachoeira, Paulo Preto, como é conhecido, disse que “pediu a Deus” para ser convocado e poder se defender das acusações. Paulo Preto entregou à CPI uma série de documentos que, segundo ele, comprovam que ele não se envolveu em nenhuma irregularidade.

Apontado como responsável por contatos entre a estatal paulista e a empresa Delta Construções, Paulo Souza admitiu conhecer o ex-dono da empreiteira Fernando Cavendish, mas negou que tenha praticado qualquer irregularidade em mais de 20 anos ocupando cargos públicos. Ele disse que tratou de questões ligadas à Delta com André Ferreira Machado, gestor da empreiteira, e duas vezes com Cavendish. “Uma para ele se apresentar e outra para dizer que cumpriria um contrato e cumpriu”, explicou Souza.

De acordo com Paulo Souza, a Delta participou de todas as licitações referentes à obra da Marginal Tietê e ganhou apenas uma. “A única obra que a Delta tem na Dersa é a obra da marginal, que representa 1,9% dos valores licitados. Todas as demais, ela perdeu por preço maior. Isso é diferente de tudo que ouvi até hoje”, frisou o engenheiro. “Ouvi que a Delta faturou R$ 800 milhões [em contratos com a Dersa], que mergulhava o preço, mas em São Paulo não foi isso”, acrescentou o ex-diretor da estatal paulista.

Acusado de ser operador de um suposto caixa 2 do PSDB em São Paulo, Souza informou à CPI que move 16 ações na Justiça contra as pessoas que o acusaram. Segundo ele, em cinco processos já ganhou em primeira e segunda instâncias.


“Atribuo [as acusações] à má-fé, injúria e ingratidão. Recebi [as denúncias] de pessoas que nunca me viram e nunca me cumprimentaram. Restava-me um clamor. O Senado e a Câmara estão dando o direito a um líder ferido de comprovar e entregar todos os documentos do que eu falar. Pedi a Deus para ser convocado para esta CPI. Fui demitido oito dias após entregar as três maiores obras do país, feitas em 34 meses”, disse Souza.

Na terça-feira, o ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot prestou depoimento à CPI. Diante dos parlamentares, Pagot retirou as acusações que havia feito contra Paulo Souza.

Em junho, em entrevista, Pagot acusou o PSDB de fazer Caixa 2 nas obras do trecho sul do Rodoanel, obra viária que contorna a cidade de São Paulo. Pagot disse em junho ter sido pressionado a assinar, em nome do Dnit (responsável por obras viárias em todo o Brasil), um aditivo de R$ 264 milhões ao contrato original do Rodoanel. Pagot diz ter rejeitado a assinatura pois ela violava as regras da licitação realizada (o governo federal contribuiu com mais de R$ 1 bilhão para as obras do Rodoanel). Após a negativa, Pagot disse ter sido pressionado, especialmente por Paulo Souza. “Aquele convênio tinha um percentual ali que era para a campanha. Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do (José) Serra”, disse Pagot em junho. Na terça-feira, Pagot voltou atrás e disse ter ouvido a história do Caixa 2 num bar. “Isto é uma conversa de bêbado, de botequim, que não pode se provar”, afirmou.

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