Política

A crise oculta dos tucanos

Enquanto petistas tentam explicar a aliança com Maluf, tucanos se engalfinham por vagas de candidato a vereador

A vontade de José Serra desagradou a maioria dos tucanos. Foto: Filipe Araújo/AE
Apoie Siga-nos no

A campanha de Fernando Haddad (PT) enfrentou uma crise escancarada na última semana. Ela podia ser resumida na imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimentando o deputado federal Paulo Maluf (PP) em sua casa. De forma mais discreta, a campanha de José Serra (PSDB), atual líder nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, também enfrentava problemas graves.

A crise tucana foi causada pelo próprio Serra. O ex-governador deseja fazer a coligação do PSDB com outros quatro partidos nas eleições para vereador. A decisão, que deve ser confirmada neste domingo 24, provoca insatisfação pois vai deixar de fora da corrida eleitoral mais de 50 tucanos que desejavam ser candidatos à Câmara Municipal de São Paulo. Afastados da disputa, eles podem não ter o afinco esperado na campanha de Serra.

A coligação na eleição proporcional foi usada para atrair apoio de PSD, DEM, PPS e PV à candidatura de Serra. Coligados aos tucanos, os outros partidos ganham força para eleger mais vereadores, já que os votos dados ao PSDB acabam distribuídos entre todos os candidatos. Ao mesmo tempo, tucanos perdem lugar na chapa. Caso lançasse uma chapa em separado, o PSDB poderia ter até 83 candidatos a vereador. Com a coligação, o total de 110 vagas será dividido entre os cinco partidos. No “chapão”, o PSDB deve ter direito a algo em torno de 20 candidaturas.

Tucanos divididos

Vereadores e outros tucanos contrários à ideia de Serra se organizaram para tentar derrubar a proposta nas últimas semanas. Foram liderados pelo secretário estadual de Energia, José Anibal, derrotado por Serra nas prévias internas do PSDB. Não adiantou. Na noite desta quinta-feira 21, o PSDB paulistano fechou questão sobre o chapão.

A decisão deve ser confirmada neste domingo 24, quando será realizada a convenção do partido. O candidato a vice-prefeito deve ser anunciado no evento. Com o PSD tranquilizado, a candidatura deve ser do próprio PSDB.

A partir de agora, os tucanos devem se engalfinhar pelas vagas restantes na chapa. A decisão de quem será candidato e quem fica de fora da eleição será tomada pelo diretório municipal do partido.

Tucanos contrários à ideia ouvidos por CartaCapital acreditam que a rusga vai ter consequências fortes na campanha ao Executivo. Caso cada partido da aliança de Serra lançasse uma chapa separada, o número de candidatos poderia ser superior a 500. Isso ajudaria a campanha a chegar em mais lugares da cidade e ter mais cabos eleitorais fortes. Com menos candidatos e tucanos indispostos, a campanha tucana nas ruas deve ser prejudicada.

A campanha de Fernando Haddad (PT) enfrentou uma crise escancarada na última semana. Ela podia ser resumida na imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimentando o deputado federal Paulo Maluf (PP) em sua casa. De forma mais discreta, a campanha de José Serra (PSDB), atual líder nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, também enfrentava problemas graves.

A crise tucana foi causada pelo próprio Serra. O ex-governador deseja fazer a coligação do PSDB com outros quatro partidos nas eleições para vereador. A decisão, que deve ser confirmada neste domingo 24, provoca insatisfação pois vai deixar de fora da corrida eleitoral mais de 50 tucanos que desejavam ser candidatos à Câmara Municipal de São Paulo. Afastados da disputa, eles podem não ter o afinco esperado na campanha de Serra.

A coligação na eleição proporcional foi usada para atrair apoio de PSD, DEM, PPS e PV à candidatura de Serra. Coligados aos tucanos, os outros partidos ganham força para eleger mais vereadores, já que os votos dados ao PSDB acabam distribuídos entre todos os candidatos. Ao mesmo tempo, tucanos perdem lugar na chapa. Caso lançasse uma chapa em separado, o PSDB poderia ter até 83 candidatos a vereador. Com a coligação, o total de 110 vagas será dividido entre os cinco partidos. No “chapão”, o PSDB deve ter direito a algo em torno de 20 candidaturas.

Tucanos divididos

Vereadores e outros tucanos contrários à ideia de Serra se organizaram para tentar derrubar a proposta nas últimas semanas. Foram liderados pelo secretário estadual de Energia, José Anibal, derrotado por Serra nas prévias internas do PSDB. Não adiantou. Na noite desta quinta-feira 21, o PSDB paulistano fechou questão sobre o chapão.

A decisão deve ser confirmada neste domingo 24, quando será realizada a convenção do partido. O candidato a vice-prefeito deve ser anunciado no evento. Com o PSD tranquilizado, a candidatura deve ser do próprio PSDB.

A partir de agora, os tucanos devem se engalfinhar pelas vagas restantes na chapa. A decisão de quem será candidato e quem fica de fora da eleição será tomada pelo diretório municipal do partido.

Tucanos contrários à ideia ouvidos por CartaCapital acreditam que a rusga vai ter consequências fortes na campanha ao Executivo. Caso cada partido da aliança de Serra lançasse uma chapa separada, o número de candidatos poderia ser superior a 500. Isso ajudaria a campanha a chegar em mais lugares da cidade e ter mais cabos eleitorais fortes. Com menos candidatos e tucanos indispostos, a campanha tucana nas ruas deve ser prejudicada.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar