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“Washington Post” e “New Yorker” anunciam apoio a Obama

Nos EUA, os jornais têm o costume de manifestar apoio aos candidatos e recomendar voto a seus leitores

Obama e Romney durante o último debate. A disputa entre os dois é acirrada. Foto: Saul Loeb / AFP
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Dois dos principais veículos da imprensa norte-americana, o jornal The Washington Post e a revista The New Yorker, anunciaram nesta semana seu apoio ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na eleição presidencial de 6 de novembro, na qual Obama enfrentará o ex-governador Mitt Romney. O endosso, como é chamado nos Estados Unidos, é uma tradicional forma de a imprensa do país, uma das mais desenvolvidas e independentes do mundo, recomendar voto a seus eleitores sem perder sua independência jornalística.

Em editorial publicado nesta quinta-feira, o Post faz duras críticas a Obama. O jornal afirma que Obama “alienou o Congresso e empresários ao se isolar numa Casa Branca impermeável que consegue ser arrogante e melindrada” e lamenta ele não ter conseguido aprovar uma reforma fiscal bipartidária, nem uma reforma da imigração ou uma política de combate às mudanças climáticas. O jornal, entretanto, lembra que Obama herdou a “bagunça” deixada por George W. Bush e conseguiu manter a economia do país funcionando após um momento “assustador”, e aprovou uma reforma da saúde que acabará com o “escândalo” de 45 milhões de norte-americanos não terem seguro de saúde.

Para o Post, Romney adotou a ideologia de seu partido, que “desafia a realidade”, segundo a qual os impostos podem sempre cair, mas nunca serem aumentados. O jornal manifestou particular preocupação com as frequentes mudanças de opinião de Romney a cerca de vários assuntos, como política externa, direitos de homossexuais, imigração, aborto e a reforma da saúde, e que é impossível saber se o “Mitt moderado” é quem vai governar. Para o jornal, a peça central da campanha de Romney, cortes de impostos, “iriam abrir um buraco maior ainda no orçamento federal, piorando a desigualdade econômica”. O jornal encerra dizendo que Obama, principalmente se tiver uma oposição do Partido Republicano que pare de usar uma estratégia de “terra-arrasada”, é “de longe uma escolha melhor” para os próximos quatro anos.

A revista The New Yorker, por sua vez, afirma que a chapa com Mitt Romney e seu vice, Paul Ryan, representa uma “visão constrita e retrógrada” dos Estados Unidos. A revista diz, também em editorial, que só Obama, um político com “profundo senso de justiça e integridade”, é capaz de tentar reverter a desigualdade social, que só aumenta três décadas. Para a revista, a reforma da saúde e as medidas para reverter a recessão são reveladoras desta característica de Obama.

A menos de duas semanas da eleição nos Estados Unidos, diversos veículos de imprensa já divulgaram seus endossos. Do lado de Obama estão jornais como o Los Angeles Times, o Denver Post e Philadelphia Inquirier. Apoiando Romney estão o New York Post, o Orlando Sentinel e o Houston Chronicle.

Dois dos principais veículos da imprensa norte-americana, o jornal The Washington Post e a revista The New Yorker, anunciaram nesta semana seu apoio ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na eleição presidencial de 6 de novembro, na qual Obama enfrentará o ex-governador Mitt Romney. O endosso, como é chamado nos Estados Unidos, é uma tradicional forma de a imprensa do país, uma das mais desenvolvidas e independentes do mundo, recomendar voto a seus eleitores sem perder sua independência jornalística.

Em editorial publicado nesta quinta-feira, o Post faz duras críticas a Obama. O jornal afirma que Obama “alienou o Congresso e empresários ao se isolar numa Casa Branca impermeável que consegue ser arrogante e melindrada” e lamenta ele não ter conseguido aprovar uma reforma fiscal bipartidária, nem uma reforma da imigração ou uma política de combate às mudanças climáticas. O jornal, entretanto, lembra que Obama herdou a “bagunça” deixada por George W. Bush e conseguiu manter a economia do país funcionando após um momento “assustador”, e aprovou uma reforma da saúde que acabará com o “escândalo” de 45 milhões de norte-americanos não terem seguro de saúde.

Para o Post, Romney adotou a ideologia de seu partido, que “desafia a realidade”, segundo a qual os impostos podem sempre cair, mas nunca serem aumentados. O jornal manifestou particular preocupação com as frequentes mudanças de opinião de Romney a cerca de vários assuntos, como política externa, direitos de homossexuais, imigração, aborto e a reforma da saúde, e que é impossível saber se o “Mitt moderado” é quem vai governar. Para o jornal, a peça central da campanha de Romney, cortes de impostos, “iriam abrir um buraco maior ainda no orçamento federal, piorando a desigualdade econômica”. O jornal encerra dizendo que Obama, principalmente se tiver uma oposição do Partido Republicano que pare de usar uma estratégia de “terra-arrasada”, é “de longe uma escolha melhor” para os próximos quatro anos.

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