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Unesco questiona métodos da Repórteres Sem Fronteiras

Mídia canarinho em busca de notícias para difamar governos venezuelano e cubano também é pautada pela ONG financiada pela CIA

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Não causa nenhuma surpresa a notícia de que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) retirou de sua lista de ONGs associadas a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) na quinta 8.

A Unesco julgou os métodos utilizados pela RSF incompatíveis com os valores éticos do jornalismo.

Também não vale a pena ficar chocado com o fato de a mídia canarinho ter preferido não abordar o tema que recebeu ampla cobertura na Europa.

O motivo?

A RSF, desde a sua fundação pelo “jornalista” francês Robert Ménard, em 1985, é financiada por, entre outros, o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

E o trabalho da RSF, com sede em Paris, é fazer propaganda contra principalmente os países progressistas da América Latina. A CIA, óbvio, é uma das agências a infiltrar a RSF, como reportado escassos anos atrás por CartaCapital, num texto de autoria do acima assinado intitulado “O Caixa-2 das ONGs”.

Como sabemos, a vasta maioria dos jornalões, revistas e redes de tevê do Brasil não perdem oportunidades para criticar governos como os da Bolívia, Equador, etc. Por aqueles bandas nunca ocorre nada de positivo. Muitas vezes a pauta a difamar cubanos é oriunda da inconfiável RSF.

De fato, devido às suas “tentativas que visam desqualificar certo número de países”, a Unesco já havia retirado o estatuto da RSF de co-patrocinadora do Dia pela liberdade da Internet, em 12 de março de 2008.

De jornalismo, aliás, a RSF não entende patavinas. Entende, isso sim, de espionagem. “Alimentada, em grande parte, por dólares de Washington, a RSF realiza atividades secretas em numerosos países”, lê-se no artigo “O Caixa-2 das ONGs”.

Hernando Calvo, o jornalista colombiano, lembra que o ex-secretário-geral da RSF, Robert Ménard, reconheceu ter recebido financiamento do Centro por uma Cuba Livre, fundação dirigida por Frank Calzón, agente da CIA.

Ménard, de 58 anos, é, diga-se, um homem com posições políticas no mínimo nebulosas. O que talvez explique a opacidade da RSF.

Ex-integrante do Partido Socialista Francês, após cultivar elos com a CIA Ménard deixou a RSF em setembro de 2008. Em seguida, assinou um contrato milionário para dirigir um centro de defesa pelos direitos da mídia em… Qatar.

Ménard descobriu que os direitos de livre expressão inexistem em Qatar (o “jornalista” precisou ir até lá para descobrir isso), e, assim, pediu demissão.

De volta à França, ele se associou à legenda de extrema-direita, a Frente Nacional do clã Le Pen. Ano passado celebrou o sucesso de Marine Le Pen em eleições locais, e publicou o livro Vive Le Pen! (Mordicus, 2011).

Talvez fosse o caso de Ménard usar seu talento para escrever Vive Les Reporters Sans Frontières!

Não causa nenhuma surpresa a notícia de que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) retirou de sua lista de ONGs associadas a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) na quinta 8.

A Unesco julgou os métodos utilizados pela RSF incompatíveis com os valores éticos do jornalismo.

Também não vale a pena ficar chocado com o fato de a mídia canarinho ter preferido não abordar o tema que recebeu ampla cobertura na Europa.

O motivo?

A RSF, desde a sua fundação pelo “jornalista” francês Robert Ménard, em 1985, é financiada por, entre outros, o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

E o trabalho da RSF, com sede em Paris, é fazer propaganda contra principalmente os países progressistas da América Latina. A CIA, óbvio, é uma das agências a infiltrar a RSF, como reportado escassos anos atrás por CartaCapital, num texto de autoria do acima assinado intitulado “O Caixa-2 das ONGs”.

Como sabemos, a vasta maioria dos jornalões, revistas e redes de tevê do Brasil não perdem oportunidades para criticar governos como os da Bolívia, Equador, etc. Por aqueles bandas nunca ocorre nada de positivo. Muitas vezes a pauta a difamar cubanos é oriunda da inconfiável RSF.

De fato, devido às suas “tentativas que visam desqualificar certo número de países”, a Unesco já havia retirado o estatuto da RSF de co-patrocinadora do Dia pela liberdade da Internet, em 12 de março de 2008.

De jornalismo, aliás, a RSF não entende patavinas. Entende, isso sim, de espionagem. “Alimentada, em grande parte, por dólares de Washington, a RSF realiza atividades secretas em numerosos países”, lê-se no artigo “O Caixa-2 das ONGs”.

Hernando Calvo, o jornalista colombiano, lembra que o ex-secretário-geral da RSF, Robert Ménard, reconheceu ter recebido financiamento do Centro por uma Cuba Livre, fundação dirigida por Frank Calzón, agente da CIA.

Ménard, de 58 anos, é, diga-se, um homem com posições políticas no mínimo nebulosas. O que talvez explique a opacidade da RSF.

Ex-integrante do Partido Socialista Francês, após cultivar elos com a CIA Ménard deixou a RSF em setembro de 2008. Em seguida, assinou um contrato milionário para dirigir um centro de defesa pelos direitos da mídia em… Qatar.

Ménard descobriu que os direitos de livre expressão inexistem em Qatar (o “jornalista” precisou ir até lá para descobrir isso), e, assim, pediu demissão.

De volta à França, ele se associou à legenda de extrema-direita, a Frente Nacional do clã Le Pen. Ano passado celebrou o sucesso de Marine Le Pen em eleições locais, e publicou o livro Vive Le Pen! (Mordicus, 2011).

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