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Patriota prepara visita de Dilma Rousseff a Cuba

Presidenta visitará a ilha e outros países do Caribe; Brasil aprovou crédito de 450 milhões de dólares para o governo dos irmãos Castro

Antonio Patriota irá interrogar pessoalmente o diplomata acusado iraniano acusado de pedofilia no Brasil. Foto: ©AFP
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HAVANA (AFP) – O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antônio Patriota, iniciou nesta segunda-feira uma visita oficial de dois dias a Cuba, para preparar a viagem da presidente Dilma Rousseff à Ilha, prevista para o final do mês.

Patriota se reuniu com os vice-presidentes Marino Murillo, encarregado da “implementação” das mais de 300 reformas propostas pelo presidente cubano, Raúl Castro, e com Ricardo Cabrisas, que cuida da área comercial, informou a TV cubana.

O chanceler brasileiro também conversou com seu homólogo cubano, Bruno Rodríguez, que agradeceu “a posição firme do Brasil” contra o embargo dos Estados Unidos a Cuba.

Segundo a TV estatal, Patriota “destacou a cooperação bilateral e a posição comum de Cuba e Brasil sobre a integração regional”.

“A presidente Dilma decidiu que sua primeira viagem ao exterior no segundo ano de governo, em 2012, seria aqui, no Caribe, em Cuba e no Haiti”, lembrou Patriota.

Nesta terça-feira, o chanceler brasileiro visitará as obras de ampliação e modernização do porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, para a qual o Brasil aprovou créditos de 450 milhões de dólares, dos quais já liberou cerca de 300 milhões, disseram à AFP fontes diplomáticas brasileiras.

Esse porto, considerado a obra mais importante realizada pelo governo de Raúl Castro, deverá contar em um prazo de 10 anos com um moderno terminal de contêineres, armazéns, uma zona industrial e um porto petroleiro, entre outras obras.

O crédito do Brasil é destinado fundamentalmente a obras de infraestrutura, como uma estrada, uma ferrovia, um cais de 400 metros e armazéns, segundo fontes brasileiras.

O Brasil é o segundo maior sócio comercial de Cuba na América Latina, atrás da Venezuela, e seu comércio atingiu em 2011 a cifra recorde de 642 milhões de dólares, 550 em exportações brasileiras e 92 milhões em cubanas.

Mais de 30% das compras cubanas do Brasil são alimentos, principalmente soja e seus derivados.

O maior volume alcançado pelo comércio bilateral foi em 2008, durante o governo Lula, registrando 572 milhões de dólares.

No entanto, o Brasil tem se mostrado cauteloso em matéria de investimentos e até agora apenas a empresa mista de fabricação de cigarros BrasCuba, há mais de 15 anos em operação.

Fontes brasileiras disseram à AFP que existe interesse em fomentar o comércio e os investimentos no campo dos medicamentos e vacinas, campo no qual Cuba registra grandes avanços. Espera-se que na visita da presidente Dilma, prevista para 31 de janeiro, seja assinado um acordo nessa área.

Depois de visitar Cuba, Dilma irá para o Haiti.

HAVANA (AFP) – O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antônio Patriota, iniciou nesta segunda-feira uma visita oficial de dois dias a Cuba, para preparar a viagem da presidente Dilma Rousseff à Ilha, prevista para o final do mês.

Patriota se reuniu com os vice-presidentes Marino Murillo, encarregado da “implementação” das mais de 300 reformas propostas pelo presidente cubano, Raúl Castro, e com Ricardo Cabrisas, que cuida da área comercial, informou a TV cubana.

O chanceler brasileiro também conversou com seu homólogo cubano, Bruno Rodríguez, que agradeceu “a posição firme do Brasil” contra o embargo dos Estados Unidos a Cuba.

Segundo a TV estatal, Patriota “destacou a cooperação bilateral e a posição comum de Cuba e Brasil sobre a integração regional”.

“A presidente Dilma decidiu que sua primeira viagem ao exterior no segundo ano de governo, em 2012, seria aqui, no Caribe, em Cuba e no Haiti”, lembrou Patriota.

Nesta terça-feira, o chanceler brasileiro visitará as obras de ampliação e modernização do porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, para a qual o Brasil aprovou créditos de 450 milhões de dólares, dos quais já liberou cerca de 300 milhões, disseram à AFP fontes diplomáticas brasileiras.

Esse porto, considerado a obra mais importante realizada pelo governo de Raúl Castro, deverá contar em um prazo de 10 anos com um moderno terminal de contêineres, armazéns, uma zona industrial e um porto petroleiro, entre outras obras.

O crédito do Brasil é destinado fundamentalmente a obras de infraestrutura, como uma estrada, uma ferrovia, um cais de 400 metros e armazéns, segundo fontes brasileiras.

O Brasil é o segundo maior sócio comercial de Cuba na América Latina, atrás da Venezuela, e seu comércio atingiu em 2011 a cifra recorde de 642 milhões de dólares, 550 em exportações brasileiras e 92 milhões em cubanas.

Mais de 30% das compras cubanas do Brasil são alimentos, principalmente soja e seus derivados.

O maior volume alcançado pelo comércio bilateral foi em 2008, durante o governo Lula, registrando 572 milhões de dólares.

No entanto, o Brasil tem se mostrado cauteloso em matéria de investimentos e até agora apenas a empresa mista de fabricação de cigarros BrasCuba, há mais de 15 anos em operação.

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