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Paraguai afirma que usará 50% da energia de Itaipu

Brasil divide a usina com o país e possui acordo em vigor para comprar produção excedente do vizinho

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Secundaristas ocupam colégio público em Assunção|Alunos satirizam nome da ex-ministra de Educação (Foto: Arquivo pessoal) Secundaristas ocupam colégio público em Assunção|Alunos satirizam nome da ex-ministra de Educação
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ASSUNÇÃO (AFP) – O presidente do Paraguai, Federico Franco, reiterou na sexta-feira 10 em uma entrevista coletiva que utilizará toda a energia elétrica que corresponde ao seu país das hidrelétricas binacionais Itaipu e Yacyretá, que compartilha com Brasil e Argentina respectivamente.

“Esta decisão não tem volta. Somos donos de 50% da energia em Itaipu e Yacyretá. Não vamos usar nossas 10 turbinas em Itaipu da noite para o dia, mas vamos preparar o envio dessa energia para os pólos de desenvolvimento”, disse.

Itaipu tem 14 mil megawatts de potência instalada e é considerada uma das maiores do mundo ao lado da chinesa Três Gargantas. Yacyretá produz 3,5 mil megawatts.

De toda a produção da usina, 90% é consumida por Brasil e Argentina, que suspenderam o Paraguai como sócio pleno do Mercosul em reação à destituição do presidente Fernando Lugo no dia 22 de junho.

“Este governo tomou a decisão de lutar para que nós possamos utilizar a energia que corresponde ao Paraguai”, reiterou na cidade de Ayolas, onde está localizada a hidrelétrica Yacyretá. “Quero que Brasil e Argentina entendam que é uma decisão soberana nossa. Somos coproprietários. Somos donos de 50% da energia gerada em Itaipu e em Yacretá. ”

Segundo o presidente paraguaio, antes que o país possa fazer uso desta energia é preciso preparar seu envio para os pólos de desenvolvimento. Franco afirmou ainda que “ceder a energia, a matéria-prima de sua produção agrícola e pecuária é um círculo vicioso”, porque deixa como resultado a falta de trabalho, a migração e a pobreza. “A partir de agora vamos estimular a instalação de indústrias para dar trabalho as nossas famílias para fomentar a unidade da família paraguaia”, concluiu.

O porta-voz da Chancelaria brasileira, Tovar Nunes, havia lembrado na quinta-feira 9 ao Paraguai que a distribuição energética de Itaipu está sujeita a um acordo binacional. “A geração de energia em Itaipu, a distribuição e os preços são fruto de um acordo bilateral que está em vigor”, afirmou.

“A energia que o Paraguai não consome passa para o Brasil, mas com um pagamento, não existe cessão de energia. O Brasil não consegue a energia de Itaipu gratuitamente”, disse Nunes, ao lembrar que em 2011 entrou em vigor uma revisão do acordo que triplicou de 120 para 360 milhões de dólares o pagamento anual do Brasil pela energia à qual o Paraguai tem direito e não consome.

ASSUNÇÃO (AFP) – O presidente do Paraguai, Federico Franco, reiterou na sexta-feira 10 em uma entrevista coletiva que utilizará toda a energia elétrica que corresponde ao seu país das hidrelétricas binacionais Itaipu e Yacyretá, que compartilha com Brasil e Argentina respectivamente.

“Esta decisão não tem volta. Somos donos de 50% da energia em Itaipu e Yacyretá. Não vamos usar nossas 10 turbinas em Itaipu da noite para o dia, mas vamos preparar o envio dessa energia para os pólos de desenvolvimento”, disse.

Itaipu tem 14 mil megawatts de potência instalada e é considerada uma das maiores do mundo ao lado da chinesa Três Gargantas. Yacyretá produz 3,5 mil megawatts.

De toda a produção da usina, 90% é consumida por Brasil e Argentina, que suspenderam o Paraguai como sócio pleno do Mercosul em reação à destituição do presidente Fernando Lugo no dia 22 de junho.

“Este governo tomou a decisão de lutar para que nós possamos utilizar a energia que corresponde ao Paraguai”, reiterou na cidade de Ayolas, onde está localizada a hidrelétrica Yacyretá. “Quero que Brasil e Argentina entendam que é uma decisão soberana nossa. Somos coproprietários. Somos donos de 50% da energia gerada em Itaipu e em Yacretá. ”

Segundo o presidente paraguaio, antes que o país possa fazer uso desta energia é preciso preparar seu envio para os pólos de desenvolvimento. Franco afirmou ainda que “ceder a energia, a matéria-prima de sua produção agrícola e pecuária é um círculo vicioso”, porque deixa como resultado a falta de trabalho, a migração e a pobreza. “A partir de agora vamos estimular a instalação de indústrias para dar trabalho as nossas famílias para fomentar a unidade da família paraguaia”, concluiu.

O porta-voz da Chancelaria brasileira, Tovar Nunes, havia lembrado na quinta-feira 9 ao Paraguai que a distribuição energética de Itaipu está sujeita a um acordo binacional. “A geração de energia em Itaipu, a distribuição e os preços são fruto de um acordo bilateral que está em vigor”, afirmou.

“A energia que o Paraguai não consome passa para o Brasil, mas com um pagamento, não existe cessão de energia. O Brasil não consegue a energia de Itaipu gratuitamente”, disse Nunes, ao lembrar que em 2011 entrou em vigor uma revisão do acordo que triplicou de 120 para 360 milhões de dólares o pagamento anual do Brasil pela energia à qual o Paraguai tem direito e não consome.

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