Mundo

O extremismo vence de novo

O Balanço: dois islâmicos, um católico e quatro judeus mortos

Apoie Siga-nos no

Depois da previsível reação internacional ao 11 de setembro, a dupla Bin Laden-al Zawahiri investiu em duas vertentes. Ou seja, na formação de uma rede planetária por adesão e no cyberterror. E o cyberterror cresceu em progressão geométrica, com sites alqaedistas e filo-alqaedistas.

A regra básica transmitida pelos canais telemáticos do terror era simples: “faça você mesmo a sua jihad”. Não havia necessidade de autorização da chamada Al Qaeda Central, que impedia apenas manifestações de cunho doutrinário. Bin Laden e Al Zawahiri, que continua foragido, eram os únicos teóricos.

O “faça você mesmo” virou obrigação e, assim, com base nessa regra, ocorreram os atentados na Espanha e Inglaterra.

Mohamed Merah, de 23 anos, declarou-se, em telefonema ao canal televisivo France 24 e pouco antes de morrer com um tiro na cabeça em embate com as forças de ordem da França, um alqaedista, ou melhor, um adepto da organização terrorista e no papel de jihadista por adesão. Merah, que vivia sozinho, nasceu na França e os seus pais eram argelinos.

Para o canal televisivo France 24, Merah declarou ter matado para se vingar da França pela guerra no Afeganistão e pela sobre ao véu e à burka. Também disse haver matado no colégi Ozar Hatorah para vingar as crianças palestinas mortas pelos israelenses.

Merah, convém frisar, matou o sargento Imad Ibn-Ziaten de 30 anos de idade, isto no dia 11 de março e em Toulouse. Ele fez contato com o sargento por internet e fingiu estar interessado na compra da motocicleta do militar. Ziaten, em trajes civis, compareceu ao encontro, mas, nas proximidades do lugar estabelecido, parou num terminal para sacar dinheiro. Enquanto sacava, foi baleado e morto pelas costas.

No dia 15 de março e em Montauban, cerca de 25 km de distância de Toulouse, matou dois paraquedistas e feriu gravemente um terceiro, todos lotados no quartel da cidade: faleceram Abel Chennouf, 25 anos, e Mohamed Legouad, 23 anos. O terceiro, Loic Líber, 27 anos, está entre a vida e a morte).

Na segunda feira, 19 de março, Merah atacou no colégio Ozar Hatorah e matou, com a mesma Colt 45 usada nos outros homicídios, três crianças e um rabino-professor.

O fanático Mohamed Merah, alqaedista declarado, assassinou, de surpresa e impiedosamente, dois islâmicos, um católico (Abel Chenouf) e quatro judeus. O paraquedista ferido e em estado grave é de Guadalupe (ex-possessão francesa).

Num pano-rápido, pode-se concluir, infelizmente, que o extremismo al-qaedista venceu novamente. E essa vitória é a da intolerância, a permitir que se matem inocentes.

Depois da previsível reação internacional ao 11 de setembro, a dupla Bin Laden-al Zawahiri investiu em duas vertentes. Ou seja, na formação de uma rede planetária por adesão e no cyberterror. E o cyberterror cresceu em progressão geométrica, com sites alqaedistas e filo-alqaedistas.

A regra básica transmitida pelos canais telemáticos do terror era simples: “faça você mesmo a sua jihad”. Não havia necessidade de autorização da chamada Al Qaeda Central, que impedia apenas manifestações de cunho doutrinário. Bin Laden e Al Zawahiri, que continua foragido, eram os únicos teóricos.

O “faça você mesmo” virou obrigação e, assim, com base nessa regra, ocorreram os atentados na Espanha e Inglaterra.

Mohamed Merah, de 23 anos, declarou-se, em telefonema ao canal televisivo France 24 e pouco antes de morrer com um tiro na cabeça em embate com as forças de ordem da França, um alqaedista, ou melhor, um adepto da organização terrorista e no papel de jihadista por adesão. Merah, que vivia sozinho, nasceu na França e os seus pais eram argelinos.

Para o canal televisivo France 24, Merah declarou ter matado para se vingar da França pela guerra no Afeganistão e pela sobre ao véu e à burka. Também disse haver matado no colégi Ozar Hatorah para vingar as crianças palestinas mortas pelos israelenses.

Merah, convém frisar, matou o sargento Imad Ibn-Ziaten de 30 anos de idade, isto no dia 11 de março e em Toulouse. Ele fez contato com o sargento por internet e fingiu estar interessado na compra da motocicleta do militar. Ziaten, em trajes civis, compareceu ao encontro, mas, nas proximidades do lugar estabelecido, parou num terminal para sacar dinheiro. Enquanto sacava, foi baleado e morto pelas costas.

No dia 15 de março e em Montauban, cerca de 25 km de distância de Toulouse, matou dois paraquedistas e feriu gravemente um terceiro, todos lotados no quartel da cidade: faleceram Abel Chennouf, 25 anos, e Mohamed Legouad, 23 anos. O terceiro, Loic Líber, 27 anos, está entre a vida e a morte).

Na segunda feira, 19 de março, Merah atacou no colégio Ozar Hatorah e matou, com a mesma Colt 45 usada nos outros homicídios, três crianças e um rabino-professor.

O fanático Mohamed Merah, alqaedista declarado, assassinou, de surpresa e impiedosamente, dois islâmicos, um católico (Abel Chenouf) e quatro judeus. O paraquedista ferido e em estado grave é de Guadalupe (ex-possessão francesa).

Num pano-rápido, pode-se concluir, infelizmente, que o extremismo al-qaedista venceu novamente. E essa vitória é a da intolerância, a permitir que se matem inocentes.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo