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Japão prepara sistema antimíssil contra foguete norte-coreano

Pyongyang anuncia lançamento de um satélite de observação para uso civil em abril, mas Estados Unidos e aliados vêem a ação como um pretexto para testes com foguetes de longo alcance

Soldado japonês monta guarda em frente a um lançador de mísseis PAC-3. Foto: ©AFP/Arquivo / Toshifumi Kitamura
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TÓQUIO (AFP) – O governo japonês ordenou nesta sexta-feira 23 a implantação de um sistema antimíssil que permite ao exército derrubar eventuais foguetes norte-coreanos de longo alcance que ameacem o Japão.

“Ordenei funcionários a preparar a mobilização do PAC-3 e navios de guerra Aegis”, disse o ministro da Defesa, Naoki Tanaka, a jornalistas, citando os sistemas antimísseis e destroieres.

As movimentações militares acontecem porque Pyongyang quer lançar entre 12 e 16 de abril um satélite de observação para uso civil, projeto denunciado pelos Estados Unidos e seus aliados como um tiro de míssil disfarçado. Essa atitude norte-coreana seria uma infração às resoluções da ONU, que proíbem que a Coreia do Norte realize testes nucleares ou balísticos.

Os sistemas antimísseis japoneses deverão ser mobilizados na ilha de Okinawa, sudeste do país, mas qualquer ordem para derrubar um eventual foguete norte-coreano precisará da aprovação do primeiro-ministro Yoshihiko Noda.

Frequentemente apontado como alvo norte-coreano, as preparações do Japão ocorrem enquanto líderes mundiais incluindo o presidente americano, Barack Obama, preparam-se para uma cúpula nuclear em Seul na semana que vem, oficialmente focada na questão do terrorismo. Nela, o programa nuclear norte-coreano também deve entrar no debate.

Em 2009, o Japão ordenou preparações de defesa antimíssil semelhantes antes do lançamento do último foguete de longo alcance de Pyongyang, que levou a condenações por parte do Conselho de Segurança da ONU e sanções contra o Estado comunista.

O foguete, que na ocasião a Coreia do Norte também afirmou que serviria para colocar um satélite em órbita, passou pelo território japonês sem causar incidentes ou tentativas de derrubá-lo.

Ajuda Humanitária

Atualmente em giro pela Ásia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou a Coreia do Norte de que o lançamento de um foguete pode afetar a ajuda humanitária internacional e agravar a situação já difícil no país.

“Um ato assim violaria os recentes progressos diplomáticos e, por seus efeitos nos doadores internacionais, poderia agravar a situação humanitária no interior do país”, declarou em um discurso em Cingapura.

Diante de uma audiência de autoridades governamentais, diplomatas e professores, Ban Ki-moon declarou que está “muito inquieto e profundamente preocupado” pelo anúncio de Pyongyang, na semana passada, sobre o lançamento em breve de um foguete carregado com um satélite, previsto para meados de abril.

Este lançamento seria “uma violação evidente” das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, declarou, ressaltando que a Coreia do Norte enfrenta “uma crise humanitária séria”.

TÓQUIO (AFP) – O governo japonês ordenou nesta sexta-feira 23 a implantação de um sistema antimíssil que permite ao exército derrubar eventuais foguetes norte-coreanos de longo alcance que ameacem o Japão.

“Ordenei funcionários a preparar a mobilização do PAC-3 e navios de guerra Aegis”, disse o ministro da Defesa, Naoki Tanaka, a jornalistas, citando os sistemas antimísseis e destroieres.

As movimentações militares acontecem porque Pyongyang quer lançar entre 12 e 16 de abril um satélite de observação para uso civil, projeto denunciado pelos Estados Unidos e seus aliados como um tiro de míssil disfarçado. Essa atitude norte-coreana seria uma infração às resoluções da ONU, que proíbem que a Coreia do Norte realize testes nucleares ou balísticos.

Os sistemas antimísseis japoneses deverão ser mobilizados na ilha de Okinawa, sudeste do país, mas qualquer ordem para derrubar um eventual foguete norte-coreano precisará da aprovação do primeiro-ministro Yoshihiko Noda.

Frequentemente apontado como alvo norte-coreano, as preparações do Japão ocorrem enquanto líderes mundiais incluindo o presidente americano, Barack Obama, preparam-se para uma cúpula nuclear em Seul na semana que vem, oficialmente focada na questão do terrorismo. Nela, o programa nuclear norte-coreano também deve entrar no debate.

Em 2009, o Japão ordenou preparações de defesa antimíssil semelhantes antes do lançamento do último foguete de longo alcance de Pyongyang, que levou a condenações por parte do Conselho de Segurança da ONU e sanções contra o Estado comunista.

O foguete, que na ocasião a Coreia do Norte também afirmou que serviria para colocar um satélite em órbita, passou pelo território japonês sem causar incidentes ou tentativas de derrubá-lo.

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Atualmente em giro pela Ásia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou a Coreia do Norte de que o lançamento de um foguete pode afetar a ajuda humanitária internacional e agravar a situação já difícil no país.

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Diante de uma audiência de autoridades governamentais, diplomatas e professores, Ban Ki-moon declarou que está “muito inquieto e profundamente preocupado” pelo anúncio de Pyongyang, na semana passada, sobre o lançamento em breve de um foguete carregado com um satélite, previsto para meados de abril.

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