Tecnologia

Hackers no gabinete de Sarkozy

Assessores do então líder francês tiveram seus computadores invadidos

Senha. O vírus invasor é resultado de uma parceria entre os EUA e Israel. Foto: Eric Feferberg/AFP
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A revista semanal francesa L’Express revelou que a espionagem cibernética não ocorre apenas com inimigos, mas também pode se dar entre aliados. Exemplo citado: os computadores do gabinete do ex-presidente Nicolas Sarkozy foram infectados em maio passado pelo Flame, um malware originalmente desenvolvido em conjunto pelos Estados Unidos e Israel para coletar informações sobre o programa nuclear iraniano.

“Os hackers conseguiram não só ­chegar ao coração do poder político francês, mas também puderam vasculhar os computadores de assessores próximos ao presidente Nicolas Sarkozy”, revelou a revista.

A instalação do software começou pelo Facebook. Os hackers conseguiram identificar pela rede social os assessores da Presidência. Fingindo ser amigos, enviaram aos alvos um link para uma página idêntica ao portal para os sistemas internos do Palácio do Eliseu. Os responsáveis, acreditando ser a página autêntica, inseriram seus nomes de usuário e senhas, e assim deram aos hackers acesso aos computadores da Presidência.

O ex-presidente Sarkozy não foi atingido diretamente, já que não usaria um computador pessoal. Mas a revista diz que “anotações secretas foram retiradas de discos rígidos, além de planos secretos”. O malware, após a instalação, infectou outros computadores da rede interna do Eliseu, inclusive o PC utilizado pelo então secretário-geral da Presidência, Xavier Musca.

A sofisticação do ataque levou os investigadores da Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (Anssi), responsável por preservar os dados do Estado francês, a suspeitar de alguns países que teriam os meios para executar tal plano. Ao fim decidiram que somente os Estados Unidos conseguiriam realizar o feito.

A Embaixada dos Estados Unidos em Paris negou qualquer participação no esquema e disse que o governo do país seria incapaz de participar de um ataque cibernético contra um aliado histórico.





O Google decidiu bater de frente com as Nações Unidas, ao sugerir que uma conferência da ONU para discutir um tratado de comunicações e informações em dezembro é uma ameaça à “internet livre e aberta”. Em site criado para expor seus temores sobre a conferência, a empresa alega que entre as propostas a ser consideradas estão “as que permitem aos governos suprimir a expressão legítima ou até cortar o acesso à internet”. O Google teme que serviços como o YouTube ou o Skype precisem pagar para utilizar redes nacionais.

O secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações, Hamadoun Touré, admitiu que um dos objetivos é “enfrentar a atual diferença entre as fontes de renda das empresas e a fonte dos custos, e decidir o rumo mais apropriado para resolver isso”. Acrescentou que as companhias de telecomunicações têm o “direito de conseguir um retorno de seus investimentos” na infraestrutura.

Pode ser o advento do pedágio da internet por parte das telefônicas. Será uma batalha interessante de ser acompanhada.

A revista semanal francesa L’Express revelou que a espionagem cibernética não ocorre apenas com inimigos, mas também pode se dar entre aliados. Exemplo citado: os computadores do gabinete do ex-presidente Nicolas Sarkozy foram infectados em maio passado pelo Flame, um malware originalmente desenvolvido em conjunto pelos Estados Unidos e Israel para coletar informações sobre o programa nuclear iraniano.

“Os hackers conseguiram não só ­chegar ao coração do poder político francês, mas também puderam vasculhar os computadores de assessores próximos ao presidente Nicolas Sarkozy”, revelou a revista.

A instalação do software começou pelo Facebook. Os hackers conseguiram identificar pela rede social os assessores da Presidência. Fingindo ser amigos, enviaram aos alvos um link para uma página idêntica ao portal para os sistemas internos do Palácio do Eliseu. Os responsáveis, acreditando ser a página autêntica, inseriram seus nomes de usuário e senhas, e assim deram aos hackers acesso aos computadores da Presidência.

O ex-presidente Sarkozy não foi atingido diretamente, já que não usaria um computador pessoal. Mas a revista diz que “anotações secretas foram retiradas de discos rígidos, além de planos secretos”. O malware, após a instalação, infectou outros computadores da rede interna do Eliseu, inclusive o PC utilizado pelo então secretário-geral da Presidência, Xavier Musca.

A sofisticação do ataque levou os investigadores da Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (Anssi), responsável por preservar os dados do Estado francês, a suspeitar de alguns países que teriam os meios para executar tal plano. Ao fim decidiram que somente os Estados Unidos conseguiriam realizar o feito.

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