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Estátua de Hitler em Varsóvia cria polêmica

Obra do Führer a pregar em gueto ‘levanta questões morais’; mas sua única ‘oração’ visava eliminar judeus

Ele (2001) em mostra em Färgfabriken, Estocolmo, Suécia. Cera, cabelo humano, terno, resina de poliéster. Foto: Paolo Pellion di Persano
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De Varsóvia

Através de um buraco em um portão de madeira na rua Prozna, no centro da capital, é difícil identificar o pequeno homem de costas, talvez um menino. Ele está ajoelhado e reza.

Ele, o titulo da obra do artista italiano Maurizio Cattelan colocada no antigo gueto da capital polonesa, é Hitler.

Na infância todos os seres humanos foram “tenros, inocentes e indefesos”, argumenta Fabio Cavallucci, diretor do Centro de Arte Contemporânea, responsável pela instalação.

É incrível, mas o rabino chefe da Polônia, Michael Shudrich, acredita que a estátua de Cattelan levanta questões morais.

Já o Simon Wiesenthal Center, organização mundial que promove direitos humanos e a luta contra o antissemitismo, é mais realista. Em um comunicado sobre Ele emitido pelo SWC lê-se: “Trata-se de uma provocação sem sentido e a insultar a memória dos judeus que foram vítimas dos nazistas”.

Ainda segundo o SWC, a única “oração” de Hitler visava “eliminar (judeus) da face da Terra”.

De fato, é importante ressaltar que não se sabe a quem a estátua do líder nazista dirige sua oração.

Cavallucci afirma que “não há intenção por parte do artista ou do centro em insultar a memória judaica”. No entanto, é exatamente isso que Cavallucci e Cattelan fazem ao organizar no gueto da capital a mostra Amem, uma retrospectiva a explorar a vida, a morte, o bem e o mal no Castelo Ujazdowski (a estátua é a única obra ao ar livre).

No gueto de Varsóvia milhares de judeus viveram em condições desumanas antes de serem deportados para campos de concentração.

Lamentável nesse contexto é o fato de, em busca da fama, Cattelan ter polemizado sobre um tema tão delicado.

De Varsóvia

Através de um buraco em um portão de madeira na rua Prozna, no centro da capital, é difícil identificar o pequeno homem de costas, talvez um menino. Ele está ajoelhado e reza.

Ele, o titulo da obra do artista italiano Maurizio Cattelan colocada no antigo gueto da capital polonesa, é Hitler.

Na infância todos os seres humanos foram “tenros, inocentes e indefesos”, argumenta Fabio Cavallucci, diretor do Centro de Arte Contemporânea, responsável pela instalação.

É incrível, mas o rabino chefe da Polônia, Michael Shudrich, acredita que a estátua de Cattelan levanta questões morais.

Já o Simon Wiesenthal Center, organização mundial que promove direitos humanos e a luta contra o antissemitismo, é mais realista. Em um comunicado sobre Ele emitido pelo SWC lê-se: “Trata-se de uma provocação sem sentido e a insultar a memória dos judeus que foram vítimas dos nazistas”.

Ainda segundo o SWC, a única “oração” de Hitler visava “eliminar (judeus) da face da Terra”.

De fato, é importante ressaltar que não se sabe a quem a estátua do líder nazista dirige sua oração.

Cavallucci afirma que “não há intenção por parte do artista ou do centro em insultar a memória judaica”. No entanto, é exatamente isso que Cavallucci e Cattelan fazem ao organizar no gueto da capital a mostra Amem, uma retrospectiva a explorar a vida, a morte, o bem e o mal no Castelo Ujazdowski (a estátua é a única obra ao ar livre).

No gueto de Varsóvia milhares de judeus viveram em condições desumanas antes de serem deportados para campos de concentração.

Lamentável nesse contexto é o fato de, em busca da fama, Cattelan ter polemizado sobre um tema tão delicado.

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