Mundo

Em 21 anos, número de mortes infantis cai mais de 42%

Balanço da Unicef mostra queda no número de mortes, mas entidade alerta para o grande número de crianças que continuam morrendo por falta de cuidados básicos

Milhões de crianças poderiam ser salvas com cuidados básicos como vacinas e alimentação adequada. Foto: Khem Sovannara / AP
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WASHINGTON (AFP) – O mundo fez avanços importantes e rápidos desde 1990 para reduzir a mortalidade infantil, demonstra um informe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que será publicado na quinta-feira. Segundo estimativas do Unicef, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos caiu de quase 12 milhões em 1990 para 6,9 milhões em 2011.

Os autores do estudo destacaram que estes avanços foram constatados em países de renda baixa, média e alta, o que significa que o nível de desenvolvimento econômico não é necessariamente um obstáculo para fazer recuar a mortalidade infantil. Entre os países mais pobres citados estão Bangladesh, Libéria e Ruanda, enquanto Brasil, Mongólia e Turquia estão entre os países de renda média e Omã e Portugal, entre os países com maior renda. De acordo com o Unicef, estes países conseguiram reduzir em dois terços os índices de mortalidade até os cinco anos entre 1991 e 2011.

Embora tenha comemorado os avanços, o diretor-geral da organização, Anthony Lake, lembrou que “milhões de crianças de pouca idade continuam morrendo anualmente por, na maior parte dos casos, doenças evitáveis para as quais há tratamentos eficazes ou acessíveis”. “Estas vidas poderiam ser salvas com vacinas, alimentação adequada, bem como com cuidados médicos elementares para crianças e suas mães”, insistiu Anthony Lake.

A mortalidade de crianças menores de cinco anos se concentra cada vez mais na África subsaariana e no sul da Ásia que, juntas, somaram mais de 80% dos óbitos nesta faixa etária em 2011. Em média, uma criança em cada nove morre na África subsaariana antes dos cinco anos.

Mais da metade dos óbitos ocorreu por pneumonia e diarreia, que representam conjuntamente quase 30% das mortes de crianças com menos de cinco anos, em apenas quatro países: República Democrática do Congo, Índia, Nigéria e Paquistão, diz o informe.

As doenças infecciosas atacaram de forma desproporcional os pobres e as populações vulneráveis que têm pouco acesso a cuidados e tratamentos preventivos, acrescenta o Unicef. Desde junho, mais da metade dos governos do planeta renovaram o compromisso de combater a mortalidade infantil, destaca o estudo.

Em junho de 2010, a ONU pediu para transformar em prioridade o combate à mortalidade infantil e o fomento da saúde materna, temas contidos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que devem ser cumpridos até 2015.

Adotados no ano 2000, os oito objetivos incluem a redução à metade da pobreza, a redução das grandes pandemias, a queda da mortalidade infantil e do analfabetismo, bem como conseguir a igualdade entre os sexos, a melhoria da saúde materna e a proteção ao meio ambiente. O oitavo é a criação de uma associação mundial para o desenvolvimento.

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WASHINGTON (AFP) – O mundo fez avanços importantes e rápidos desde 1990 para reduzir a mortalidade infantil, demonstra um informe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que será publicado na quinta-feira. Segundo estimativas do Unicef, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos caiu de quase 12 milhões em 1990 para 6,9 milhões em 2011.

Os autores do estudo destacaram que estes avanços foram constatados em países de renda baixa, média e alta, o que significa que o nível de desenvolvimento econômico não é necessariamente um obstáculo para fazer recuar a mortalidade infantil. Entre os países mais pobres citados estão Bangladesh, Libéria e Ruanda, enquanto Brasil, Mongólia e Turquia estão entre os países de renda média e Omã e Portugal, entre os países com maior renda. De acordo com o Unicef, estes países conseguiram reduzir em dois terços os índices de mortalidade até os cinco anos entre 1991 e 2011.

Embora tenha comemorado os avanços, o diretor-geral da organização, Anthony Lake, lembrou que “milhões de crianças de pouca idade continuam morrendo anualmente por, na maior parte dos casos, doenças evitáveis para as quais há tratamentos eficazes ou acessíveis”. “Estas vidas poderiam ser salvas com vacinas, alimentação adequada, bem como com cuidados médicos elementares para crianças e suas mães”, insistiu Anthony Lake.

A mortalidade de crianças menores de cinco anos se concentra cada vez mais na África subsaariana e no sul da Ásia que, juntas, somaram mais de 80% dos óbitos nesta faixa etária em 2011. Em média, uma criança em cada nove morre na África subsaariana antes dos cinco anos.

Mais da metade dos óbitos ocorreu por pneumonia e diarreia, que representam conjuntamente quase 30% das mortes de crianças com menos de cinco anos, em apenas quatro países: República Democrática do Congo, Índia, Nigéria e Paquistão, diz o informe.

As doenças infecciosas atacaram de forma desproporcional os pobres e as populações vulneráveis que têm pouco acesso a cuidados e tratamentos preventivos, acrescenta o Unicef. Desde junho, mais da metade dos governos do planeta renovaram o compromisso de combater a mortalidade infantil, destaca o estudo.

Em junho de 2010, a ONU pediu para transformar em prioridade o combate à mortalidade infantil e o fomento da saúde materna, temas contidos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que devem ser cumpridos até 2015.

Adotados no ano 2000, os oito objetivos incluem a redução à metade da pobreza, a redução das grandes pandemias, a queda da mortalidade infantil e do analfabetismo, bem como conseguir a igualdade entre os sexos, a melhoria da saúde materna e a proteção ao meio ambiente. O oitavo é a criação de uma associação mundial para o desenvolvimento.

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