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Britânicos defenderão Malvinas a todo custo, diz pesquisa

Mais de 60% dos entrevistados pelo diário The Guardian não mediriam custos para manter a soberania do Reino Unido no arquipélago

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Atualmente, a Argentina poderia retomar as Ilhas Malvinas do Reino Unido com maior facilidade que a mal sucedida tentativa de 1982, defende um general britão combatente na guerra entre os países há quase 30 anos. Mas os britânicos não abririam mão do território facilmente. É o que diz uma pesquisa do jornal The Guardian.

O diário entrevistou mil pessoas em todo o Reino Unido e 61% delas afirmaram que os britânicos “deveriam proteger as Ilhas Malvinas (para eles Falkland Islands) até quando os nativos desejarem proteção”, sem importar o custo.

Apenas 32% dos entrevistados são adeptos da opção de negociar a entrega do território.

 

A pesquisa foi anunciada poucas semanas após o general Julian Thompson, comandante das forças terrestres inglesas durante o conflito, dizer ao jornal britânico The Times que o Reino Unido não teria como defender as ilhas porque carece atualmente de um porta-aviões.

“Tudo o que os argentinos precisam fazer é levar sua infantaria às ilhas durante o tempo necessário para destruir os aviões Typhoon (da Royal Air Force) e será o final.”

Neste caso, diz, a única solução seria enviar uma força naval, como decidiu fazer a então primeira-ministra Margaret Thatcher há 30 anos.

Não demorou muito e a afirmação teve resposta. Christian Le Mière, analista do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), disse que no momento Londres possui mais de mil soldados mobilizados no arquipélago e “ao menos três navios” no Atlântico Sul.

“Não ter um porta-aviões priva o Reino Unido de capacidades de ataque úteis em muitas situações diferentes, mas não quer dizer que a campanha não pudesse ter sucesso.”

Cerca de 13 mil quilômetros distante do arquipélogo, os britânicos não parecem, no entanto, preocupados em como proteger o local de uma eventual invasão argentina. A larga margem da pesquisa sugere que as queixas do país sul-americano sobre “imperialismo” e “militarização” do Reino Unido são absolutamente ignoradas na “iIlha-mãe”.

Os dados mostram uma maioria clara de defensores da soberania britânica nas Malvinas em todas as classes sociais, regiões e nações, exceto no País de Gales. Mesmo lá, o apoio pela manutenção alcança 49% dos entrevistados, contra 39% dos interessados em entregar o território ao poder argentino.

Os eleitores conservadores são os mais animados em proteger os frutos dos tempos de ferro de Thatcher: 78% deles defenderiam a ilha. Entre Trabalhistas e liberais a porcentagem é mais equilibrada: 54% e 60%, respectivamente.

Somente nos eleitores entre 18 e 24 anos, ainda não nascidos em 1982, há uma diferença: 49% apoiam negociações com a intenção de entrega das Malvinas e 39% querem mantê-las.

Nos outros grupos etários, entre 60% e 70% defendem o poder britânico na região.

Neste cenário, a presidenta argentina Cristina Kirchner tem aumentado a pressão sobre o Reino Unido para negociar a soberania da ilha na véspera do aniversário de três décadas da guerra. A mandatária chegou a proibir a entrada de navios com a bandeira das Malvinas em portos do país.

Parece que o “esforço” kirchneriano – e o apoio do ator norte-americano Sean Penn -, no entanto, vão continuar sem ter a repercussão desejada por Buenos Aires na terra da rainha.

Com informações AFP.

Leia mais em AFP Movel.

Atualmente, a Argentina poderia retomar as Ilhas Malvinas do Reino Unido com maior facilidade que a mal sucedida tentativa de 1982, defende um general britão combatente na guerra entre os países há quase 30 anos. Mas os britânicos não abririam mão do território facilmente. É o que diz uma pesquisa do jornal The Guardian.

O diário entrevistou mil pessoas em todo o Reino Unido e 61% delas afirmaram que os britânicos “deveriam proteger as Ilhas Malvinas (para eles Falkland Islands) até quando os nativos desejarem proteção”, sem importar o custo.

Apenas 32% dos entrevistados são adeptos da opção de negociar a entrega do território.

 

A pesquisa foi anunciada poucas semanas após o general Julian Thompson, comandante das forças terrestres inglesas durante o conflito, dizer ao jornal britânico The Times que o Reino Unido não teria como defender as ilhas porque carece atualmente de um porta-aviões.

“Tudo o que os argentinos precisam fazer é levar sua infantaria às ilhas durante o tempo necessário para destruir os aviões Typhoon (da Royal Air Force) e será o final.”

Neste caso, diz, a única solução seria enviar uma força naval, como decidiu fazer a então primeira-ministra Margaret Thatcher há 30 anos.

Não demorou muito e a afirmação teve resposta. Christian Le Mière, analista do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), disse que no momento Londres possui mais de mil soldados mobilizados no arquipélago e “ao menos três navios” no Atlântico Sul.

“Não ter um porta-aviões priva o Reino Unido de capacidades de ataque úteis em muitas situações diferentes, mas não quer dizer que a campanha não pudesse ter sucesso.”

Cerca de 13 mil quilômetros distante do arquipélogo, os britânicos não parecem, no entanto, preocupados em como proteger o local de uma eventual invasão argentina. A larga margem da pesquisa sugere que as queixas do país sul-americano sobre “imperialismo” e “militarização” do Reino Unido são absolutamente ignoradas na “iIlha-mãe”.

Os dados mostram uma maioria clara de defensores da soberania britânica nas Malvinas em todas as classes sociais, regiões e nações, exceto no País de Gales. Mesmo lá, o apoio pela manutenção alcança 49% dos entrevistados, contra 39% dos interessados em entregar o território ao poder argentino.

Os eleitores conservadores são os mais animados em proteger os frutos dos tempos de ferro de Thatcher: 78% deles defenderiam a ilha. Entre Trabalhistas e liberais a porcentagem é mais equilibrada: 54% e 60%, respectivamente.

Somente nos eleitores entre 18 e 24 anos, ainda não nascidos em 1982, há uma diferença: 49% apoiam negociações com a intenção de entrega das Malvinas e 39% querem mantê-las.

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