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A vitória de Maduro é segura. Os problemas virão depois

Os venezuelanos escolhem no domingo o sucessor de Hugo Chávez

Espírito Santo. Maduro mostra que não vai tirar Chávez da cabeça. Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters/LatinStock
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A poucos dias da eleição presidencial de 14 de abril, todas as pesquisas que merecem um mínimo de confiabilidade apontam que Nicolás Maduro vencerá Henrique Capriles por margem semelhante à obtida pelo próprio Hugo Chávez em outubro de 2012.

Maduro podia ter dispensado o apoio do passarinho que diz tê-lo visitado como epifania do comandante, quando rezava numa capela. A tentativa de Capriles de se mostrar um “Lula venezuelano” foi anulada pelo apoio público do verdadeiro Lula ao governista e a torcida da mídia de oposição por um racha no chavismo foi inútil.

Diosdado Cabello trabalhou com sinceridade pela eleição de Maduro, assim como todos os chavistas dignos de nota.

Capriles nem sequer soube aparentar mais seriedade que o rival.

Maduro insinuou, enquanto beijava a própria mulher, que seu adversário seria homossexual, mas o oposicionista solteiro, de forma igualmente pueril respondeu que ama tantas mulheres que não sabe se decidir por uma delas e atacou a companheira de Maduro, advogada e militante mais velha que o parceiro e de traços indígenas: “Pensam que eu lhe invejo a esposa. Eu a essa senhora não a invejo a ninguém”.

Capriles não foi o repto ao chavismo que a mídia conservadora gostaria que fosse. O desafio a sério será governar o país em meio às dificuldades econômicas e tensões políticas herdadas de uma revolução pela metade.

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