Política

Febraban volta atrás em críticas ao governo

Em reação à redução dos juros, entidade havia dito que o governo poderia ‘levar um cavalo até a beira do rio, mas não obrigá-lo a beber água’

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As críticas do economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Rubens Sardenberg, foram desautorizadas pela cúpula dos bancos após reclamação do Palácio do Planalto.

Em comunicado publicado na segunda-feira 2, Sardenberg dizia que uma expansão maior de crédito não dependia apenas dos bancos, mas sim de expectativas econômicas mais otimistas. “Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água”, anotou em um comunicado.

Dilma não teria gostado dos termos utilizados. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, a presidenta disse na terça-feira 8, em reunião com a equipe econômica, que a Febraban deveria voltar atrás no tom de sua nota.

A Febraban voltou atrás no mesmo dia. Em nova nota, informou que a declaração anterior era baseada em “opiniões dos analistas, que não podem ser interpretados como um posicionamento oficial da entidade ou de seus associados.”

Em suma, a entidade diz que a nota assinada pela Febraban não reflete a opinião da própria federação.

Críticas aos bancos

A tensão com as entidades financeiras foi intensificada quando Dilma criticou os bancos diretamente em discurso transmitido para comemorar o Dia do Trabalhor. Ela cobrou dos bancos privados mais esforços para reduzir as taxas de juros cobradas em empréstimos, cartões de crédito e no cheque especial.

A presidenta também aconselhou o brasileiro a procurar os bancos que ofereçam as taxas mais baixas.

“Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos”, disse Dilma no discurso na noite de segunda-feira 30 de abril.

Desde o mês passado, Dilma pressiona os bancos privados a diminuírem seus spreads bancários (a diferença entre o que os bancos pagam ao captar os recursos e o quanto ganham nos empréstimos). Ela tem feito as instituições públicas baixar as suas taxas para forçar os outros bancos a fazerem o mesmo.

A presidenta também alterou a regra da poupança para que a taxa de juros básicos básica, a Selic, possa cair ainda abaixo dos atuais 9% ao ano.

Juros ao consumidor

Com a retração em abril para 6,25% ao mês, a taxa de juros ao consumidor atingiu o menor índice desde 1995 (quando a série histórica teve início), informa a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). No mesmo período do ano passado, o índice estava em 6,81%.

Entre dezembro de 2011 e abril de 2012, a taxa de juros ao consumidor caiu 7,85 pontos percentuais e atingiu 106,99% ao ano em março.

A redução de 0,75 ponto na Selic e a competição bancária pela redução de diversas taxas de juros – impulsionada pelas inciativas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal – seriam alguns dos fatores para essa marca.

Segundo o levantamento, apenas as taxas de juros de cartões de créditos se mantiveram estáveis entre março e abril de 2012 e abril do ano passado.

A pesquisa atingiu seis linhas de crédito, sendo que crediário, cheque especial, CDC banco, empréstimo pessoal e financeira apresentaram quedas no período analisado.

As críticas do economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Rubens Sardenberg, foram desautorizadas pela cúpula dos bancos após reclamação do Palácio do Planalto.

Em comunicado publicado na segunda-feira 2, Sardenberg dizia que uma expansão maior de crédito não dependia apenas dos bancos, mas sim de expectativas econômicas mais otimistas. “Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água”, anotou em um comunicado.

Dilma não teria gostado dos termos utilizados. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, a presidenta disse na terça-feira 8, em reunião com a equipe econômica, que a Febraban deveria voltar atrás no tom de sua nota.

A Febraban voltou atrás no mesmo dia. Em nova nota, informou que a declaração anterior era baseada em “opiniões dos analistas, que não podem ser interpretados como um posicionamento oficial da entidade ou de seus associados.”

Em suma, a entidade diz que a nota assinada pela Febraban não reflete a opinião da própria federação.

Críticas aos bancos

A tensão com as entidades financeiras foi intensificada quando Dilma criticou os bancos diretamente em discurso transmitido para comemorar o Dia do Trabalhor. Ela cobrou dos bancos privados mais esforços para reduzir as taxas de juros cobradas em empréstimos, cartões de crédito e no cheque especial.

A presidenta também aconselhou o brasileiro a procurar os bancos que ofereçam as taxas mais baixas.

“Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos”, disse Dilma no discurso na noite de segunda-feira 30 de abril.

Desde o mês passado, Dilma pressiona os bancos privados a diminuírem seus spreads bancários (a diferença entre o que os bancos pagam ao captar os recursos e o quanto ganham nos empréstimos). Ela tem feito as instituições públicas baixar as suas taxas para forçar os outros bancos a fazerem o mesmo.

A presidenta também alterou a regra da poupança para que a taxa de juros básicos básica, a Selic, possa cair ainda abaixo dos atuais 9% ao ano.

Juros ao consumidor

Com a retração em abril para 6,25% ao mês, a taxa de juros ao consumidor atingiu o menor índice desde 1995 (quando a série histórica teve início), informa a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). No mesmo período do ano passado, o índice estava em 6,81%.

Entre dezembro de 2011 e abril de 2012, a taxa de juros ao consumidor caiu 7,85 pontos percentuais e atingiu 106,99% ao ano em março.

A redução de 0,75 ponto na Selic e a competição bancária pela redução de diversas taxas de juros – impulsionada pelas inciativas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal – seriam alguns dos fatores para essa marca.

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