Economia

A versão moderna dos arranjos produtivos locais

Os setores tradicionais da economia (vestuário, calçados, móveis) só sobreviverão se houver inovação. Por Luis Nassif

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Um dos grandes desafios de política pública, terreno extremamente propício a políticas públicas ousadas, inovadoras e transformadoras é como articular os pequenos empreendedores e/ou membros da indústria criativa (músicos, artesãos etc.).

Conforme exaustivamente discutido por industrialistas, os setores tradicionais da economia (vestuário, calçados, móveis) só sobreviverão se houver inovação. A inovação poderá salvar algumas empresas, não a maior parte delas. O desafio consiste em massificar a inovação.

Recentemente, surgiram iniciativas importantes, como as do MEI (Movimento Empresarial pela Inovação). Mas para se conseguir os saltos capazes não apenas de garantir a sobrevivência das empresas, mas de permitir recuperar o tempo perdido, não basta seguir receitas tradicionais.

***

Vamos a uma sugestão de “catching up”, isto é, de permitir um salto exponencial.

Faltam as pequenas empresas escala de produção, estrutura de comercialização, recursos e/ou abertura para o design e outra formas de agregar valor ao produto.

Em contrapartida, constituem-se em um formidável parque fabril, quando vistos no seu conjunto. São milhares de empresas, milhões de trabalhadores especializados que, para dar o salto, necessitam de produtos inovadores, abertura de mercado e escala de produção.

O primeiro passo consiste em juntar todos os atores envolvidos com o problema – Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), Apex (Agência Promotora de Exportações), Sebrae, estrutura Senai, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Ciência e Tecnologia, Banco do Nordeste, BNDES, ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) etc.

***

Depois, dar início ao processo, que consistirá das seguintes etapas:

Etapa 1 – garantir os produtores.

Nessa etapa, a ideia é criar um enorme banco de dados, onde cada indústria têxtil, micro, pequena ou média, se cadastrará.

Em seguida, preparar cursos à distância de certificação. O Inmetro definirá um conjunto de características de produção que elas serão obrigadas a seguir. Dependendo do grau de evolução, elas serão agrupadas em grupos de baixa, média e alta capacitação. E terão um certificado como atestado.

Etapa 2 – desenvolver mercados e produtos.

O passo seguinte será a Apex estimulará a criação de tradings especializadas. Serão empresas que correrão o mercado externo (e interno) identificando nichos de oportunidade e responsabilizando-se pelo desenvolvimento de produtos adequados a esse nicho. Serão capacitadas com grupos de apoio, constituídos pelos radares da Apex, por grupos de designers, institutos de pesquisa e outras formas de apoio.

Poderão ser criadas marcas nacionais para abrigar toda essa produção, casando a promoção externa com eventos externos que consolidem a percepção dessa marca Brasil.

Identificado o mercado, definido o produto, essas tradings irão até o cadastro de fornecedores e selecionarão as empresas aptas a suprir a encomenda. Tudo devidamente monitorado por sistemas informatizados que controlarão os sistemas de produção.

Será um salto quântico em relação aos modelos tradicionais de arranjos produtivos.

Um dos grandes desafios de política pública, terreno extremamente propício a políticas públicas ousadas, inovadoras e transformadoras é como articular os pequenos empreendedores e/ou membros da indústria criativa (músicos, artesãos etc.).

Conforme exaustivamente discutido por industrialistas, os setores tradicionais da economia (vestuário, calçados, móveis) só sobreviverão se houver inovação. A inovação poderá salvar algumas empresas, não a maior parte delas. O desafio consiste em massificar a inovação.

Recentemente, surgiram iniciativas importantes, como as do MEI (Movimento Empresarial pela Inovação). Mas para se conseguir os saltos capazes não apenas de garantir a sobrevivência das empresas, mas de permitir recuperar o tempo perdido, não basta seguir receitas tradicionais.

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Vamos a uma sugestão de “catching up”, isto é, de permitir um salto exponencial.

Faltam as pequenas empresas escala de produção, estrutura de comercialização, recursos e/ou abertura para o design e outra formas de agregar valor ao produto.

Em contrapartida, constituem-se em um formidável parque fabril, quando vistos no seu conjunto. São milhares de empresas, milhões de trabalhadores especializados que, para dar o salto, necessitam de produtos inovadores, abertura de mercado e escala de produção.

O primeiro passo consiste em juntar todos os atores envolvidos com o problema – Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), Apex (Agência Promotora de Exportações), Sebrae, estrutura Senai, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Ciência e Tecnologia, Banco do Nordeste, BNDES, ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) etc.

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Nessa etapa, a ideia é criar um enorme banco de dados, onde cada indústria têxtil, micro, pequena ou média, se cadastrará.

Em seguida, preparar cursos à distância de certificação. O Inmetro definirá um conjunto de características de produção que elas serão obrigadas a seguir. Dependendo do grau de evolução, elas serão agrupadas em grupos de baixa, média e alta capacitação. E terão um certificado como atestado.

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