Sociedade

Novo estudo eleva estimativa de risco de alagamento em 55%

Mais de 25 mil moradores serão prejudicados com a construção da usina no Pará

Trecho do rio Xingu (foto), onde está sendo construída a usina de Belo Monte. Foto: NYT
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Mais de 25 mil moradores serão prejudicados com a construção da Usina de Belo Monte no Pará, um número 55% maior do que o estimado pela Norte Energia (Nesa), empresa responsável pela obra. Estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a pedido do Ministério Público Federal, concluiu que o impacto da inundação colocará em risco cerca de nove mil pessoas a mais do que o previsto até então, de 16,4 mil pessoas.

Os números diferem porque a Nesa utilizou referenciais topográficos de 1976 para realizar o cálculo.

Os números estão desatualizados. A UFPA refez o estudo utilizando os dados do IBGE de 2009. Segundo o Instituto, os critérios técnicos para estabelecer os pontos utilizados pela Nesa não são mais utilizados no país e alerta que, por isso, não são precisos.

A UFPA aponta que a empresa utilizou como base marcos de instituições distintas, alternando dados da Eletronorte e da Companhia de Habitação do Pará.



Paulo Daniel:

Segundo a UFPA, a água do Rio Xingu pode avançar 110 metros a mais do que o indicado pelo estudo da Nesa. Assim, o nível de segurança calculado pela Nessa está90 metrosabaixo do novo estudo. O relatório sob contestação foi utilizado pelo Ibama para a aprovação do projeto.

O grupo de pesquisas responsável pelo relatório da UFPA alega que foi utilizado o marco oficial, classificado pelo IBGE como referência internacional. Já a Nessa argumenta que esse referencial é inadequado, por conta de um erro do próprio IBGE. A sugestão da UFPA é de que a empresa realize um novo estudo transparente, com acompanhamento da sociedade e adotando referenciais seguros.

Mais de 25 mil moradores serão prejudicados com a construção da Usina de Belo Monte no Pará, um número 55% maior do que o estimado pela Norte Energia (Nesa), empresa responsável pela obra. Estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), a pedido do Ministério Público Federal, concluiu que o impacto da inundação colocará em risco cerca de nove mil pessoas a mais do que o previsto até então, de 16,4 mil pessoas.

Os números diferem porque a Nesa utilizou referenciais topográficos de 1976 para realizar o cálculo.

Os números estão desatualizados. A UFPA refez o estudo utilizando os dados do IBGE de 2009. Segundo o Instituto, os critérios técnicos para estabelecer os pontos utilizados pela Nesa não são mais utilizados no país e alerta que, por isso, não são precisos.

A UFPA aponta que a empresa utilizou como base marcos de instituições distintas, alternando dados da Eletronorte e da Companhia de Habitação do Pará.



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Segundo a UFPA, a água do Rio Xingu pode avançar 110 metros a mais do que o indicado pelo estudo da Nesa. Assim, o nível de segurança calculado pela Nessa está90 metrosabaixo do novo estudo. O relatório sob contestação foi utilizado pelo Ibama para a aprovação do projeto.

O grupo de pesquisas responsável pelo relatório da UFPA alega que foi utilizado o marco oficial, classificado pelo IBGE como referência internacional. Já a Nessa argumenta que esse referencial é inadequado, por conta de um erro do próprio IBGE. A sugestão da UFPA é de que a empresa realize um novo estudo transparente, com acompanhamento da sociedade e adotando referenciais seguros.

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