Cultura

O violino do campo

O álbum Rabequeiros de Pernambuco traça um panorama da produção local e contempla padrões rítmicos e geração de grupos

O álbum Rabequeiros de Pernambuco, produzido por Cláudio Rabeca, potiguar radicado no Recife, traça um panorama da produção local, contempland
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por André Carvalho

RABEQUEIROS DE PERNAMBUCO


Vários


Independente  

A rabeca é o violino do homem do campo. Longe das orquestras e dos concertos, perto da terra e das noites de lua, esse instrumento, mais antigo que o primo rico, dá vazão à musicalidade do caboclo brasileiro. Originado no mundo árabe do Norte da África, chegou ao Brasil via Península Ibérica. Em Pernambuco, encontrou terra fértil. Lá, rabecas passam de pai para filho, bem como a arte de tocar e construir os instrumentos.O álbum Rabequeiros de Pernambuco, produzido por Cláudio Rabeca, potiguar radicado no Recife, traça um panorama da produção local, contemplando regiões, padrões rítmicos e gerações de músicos. O CD duplo traz 24 rabequeiros. Siba Veloso, Renata Rosa, Murilo Silva e Cláudio Rabeca dividem espaço com guardiões da tradição, os mestres Luiz Paixão, Antônio Teles, Zé de Bibi, Araújo e Manoel Pereira.

A tradição do baião e o ritmo folclórico do cavalo-marinho de bombo dividem espaço com a música experimental. O Baião Novo, do veterano Luiz Paixão, a Rabeca Enxerida, do produtor Cláudio Rabeca, A Roda do Vento, de Renata Rosa, e o Prelúdio Amoroso, de Agaia Costa, são um brinde a Seu Dedé, de Gustavo Azevedo, e Seu Bartolomeu, de Murilo Silva. Os Caminhos, de Sonia Guimarães, levam a um Chorinho em Juripiranga (Pedro Côra) ou a uma Ciranda Amarela (Marcio Viana e Maciel Viana).

As rotas sonoras nascem da madeira forjada pelos luthiers, fundamentais na cultura da rabeca. A maneira com que os instrumentos são talhados e a madeira utilizada contribuem para a sonoridade única. O disco é dedicado aos artesãos Mané Pitunga, Mestre Salustiano e Mané Gomes.

por André Carvalho

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A rabeca é o violino do homem do campo. Longe das orquestras e dos concertos, perto da terra e das noites de lua, esse instrumento, mais antigo que o primo rico, dá vazão à musicalidade do caboclo brasileiro. Originado no mundo árabe do Norte da África, chegou ao Brasil via Península Ibérica. Em Pernambuco, encontrou terra fértil. Lá, rabecas passam de pai para filho, bem como a arte de tocar e construir os instrumentos.O álbum Rabequeiros de Pernambuco, produzido por Cláudio Rabeca, potiguar radicado no Recife, traça um panorama da produção local, contemplando regiões, padrões rítmicos e gerações de músicos. O CD duplo traz 24 rabequeiros. Siba Veloso, Renata Rosa, Murilo Silva e Cláudio Rabeca dividem espaço com guardiões da tradição, os mestres Luiz Paixão, Antônio Teles, Zé de Bibi, Araújo e Manoel Pereira.

A tradição do baião e o ritmo folclórico do cavalo-marinho de bombo dividem espaço com a música experimental. O Baião Novo, do veterano Luiz Paixão, a Rabeca Enxerida, do produtor Cláudio Rabeca, A Roda do Vento, de Renata Rosa, e o Prelúdio Amoroso, de Agaia Costa, são um brinde a Seu Dedé, de Gustavo Azevedo, e Seu Bartolomeu, de Murilo Silva. Os Caminhos, de Sonia Guimarães, levam a um Chorinho em Juripiranga (Pedro Côra) ou a uma Ciranda Amarela (Marcio Viana e Maciel Viana).

As rotas sonoras nascem da madeira forjada pelos luthiers, fundamentais na cultura da rabeca. A maneira com que os instrumentos são talhados e a madeira utilizada contribuem para a sonoridade única. O disco é dedicado aos artesãos Mané Pitunga, Mestre Salustiano e Mané Gomes.

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