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Beleza proibida

Hedy Lamarr, filha de banqueiro, seis maridos e a perfeita sugestão do sexo

Hedy Lamarr, filha de banqueiro, seis maridos e a perfeita sugestão do sexo
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Moça de boa família, filha de banqueiro, aluna do grande diretor de teatro experimental Max Reinhardt em Berlim, a vienense Hedwig Eva Maria Kiesler (1914-2000) ficaria famosa ao protagonizar um escândalo: as cenas de nudez e sugestão de sexo no drama Êxtase (1933), de Gustav Machaty.

O filme, proibido nos Estados Unidos, foi exibido em algumas cidades do país graças a liminares judiciais, e só foi liberado, com cortes, em 1940. A essa altura, Hedwig já havia fugido ao mesmo tempo do nazismo e do marido ciumento, Fritz Mandl, um dos maiores comerciantes de armas do mundo, que gastara 300 mil dólares comprando e destruindo cópias do filme.

Acolhida por Louis B. Mayer, que mudou seu nome para Hedy Lamarr, a atriz firmou contrato de sete anos com a MGM, para a qual estrelou aventuras exóticas como Argélia e Flor dos Trópicos, comédias românticas como Boêmios Errantes, dramas de mistério como Sua Excelência, o Réu. Foi mulher de negócios em Fruto Proibido e Sol de Outono, mas suas melhores atuações se deram fora da Metro, nos thrillers autorais Idílio Perigoso (Jacques Tourneur, 1944) e Flor do Mal (Edgar Ulmer, 1946). Ulmer dizia que este último foi “o único filme da sua vida em que ela teve de representar”.

Sem muito tino para escolher seus papéis, a atriz teve uma carreira irregular. Sua última aparição importante foi no épico bíblico Sansão e Dalila (DeMille, 1949).

Tida como uma das mulheres mais belas e sedutoras da história do cinema, Lamarr teve seis maridos e incontáveis amantes. Mas desdenhava: “Qualquer garota pode ser glamourosa. Basta ficar quieta e fazer cara de estúpida”.

DVDs

Êxtase (1933)


A jovem Eva (Hedy Lamarr, ainda como Hedy Kiesler), recém-casada com um homem mais velho, deixa o marido e volta para a casa do pai. Banhando-se nua num lago, conhece e se envolve com um rapaz. O que causou escândalo nesse drama do tcheco Machaty não foi tanto a nudez, mas as expressões da atriz numa suposta cena de sexo.

Argélia (1938)


O ladrão Pepe le Moko (Charles Boyer), que fugiu da França com uma fortuna em joias, é perseguido por um detetive na labiríntica Casbah de Argel. Ao mesmo tempo, ele troca sua amante (Sigrid Curie) por uma turista francesa (Hedy Lamarr), despertando a ira da rejeitada. Remake de O Demônio da Argélia (1937), de Duvivier.

Idílio Perigoso (1944)


Em 1903, um médico (George Brent) conhece no trem uma mulher misteriosa. Ela pede que ele leve sua bagagem à sua família. No dia seguinte, o médico descobre que a mulher morreu e se envolve com a família, atraído sobretudo pela cunhada (Hedy Lamarr) da morta. Thriller gótico com a elegância do diretor Jacques Tourneur.

Moça de boa família, filha de banqueiro, aluna do grande diretor de teatro experimental Max Reinhardt em Berlim, a vienense Hedwig Eva Maria Kiesler (1914-2000) ficaria famosa ao protagonizar um escândalo: as cenas de nudez e sugestão de sexo no drama Êxtase (1933), de Gustav Machaty.

O filme, proibido nos Estados Unidos, foi exibido em algumas cidades do país graças a liminares judiciais, e só foi liberado, com cortes, em 1940. A essa altura, Hedwig já havia fugido ao mesmo tempo do nazismo e do marido ciumento, Fritz Mandl, um dos maiores comerciantes de armas do mundo, que gastara 300 mil dólares comprando e destruindo cópias do filme.

Acolhida por Louis B. Mayer, que mudou seu nome para Hedy Lamarr, a atriz firmou contrato de sete anos com a MGM, para a qual estrelou aventuras exóticas como Argélia e Flor dos Trópicos, comédias românticas como Boêmios Errantes, dramas de mistério como Sua Excelência, o Réu. Foi mulher de negócios em Fruto Proibido e Sol de Outono, mas suas melhores atuações se deram fora da Metro, nos thrillers autorais Idílio Perigoso (Jacques Tourneur, 1944) e Flor do Mal (Edgar Ulmer, 1946). Ulmer dizia que este último foi “o único filme da sua vida em que ela teve de representar”.

Sem muito tino para escolher seus papéis, a atriz teve uma carreira irregular. Sua última aparição importante foi no épico bíblico Sansão e Dalila (DeMille, 1949).

Tida como uma das mulheres mais belas e sedutoras da história do cinema, Lamarr teve seis maridos e incontáveis amantes. Mas desdenhava: “Qualquer garota pode ser glamourosa. Basta ficar quieta e fazer cara de estúpida”.

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Êxtase (1933)


A jovem Eva (Hedy Lamarr, ainda como Hedy Kiesler), recém-casada com um homem mais velho, deixa o marido e volta para a casa do pai. Banhando-se nua num lago, conhece e se envolve com um rapaz. O que causou escândalo nesse drama do tcheco Machaty não foi tanto a nudez, mas as expressões da atriz numa suposta cena de sexo.

Argélia (1938)


O ladrão Pepe le Moko (Charles Boyer), que fugiu da França com uma fortuna em joias, é perseguido por um detetive na labiríntica Casbah de Argel. Ao mesmo tempo, ele troca sua amante (Sigrid Curie) por uma turista francesa (Hedy Lamarr), despertando a ira da rejeitada. Remake de O Demônio da Argélia (1937), de Duvivier.

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