Sociedade

Vacina BioNTech/Pfizer ‘neutraliza’ mutação de novas variantes da Covid

Ainda não se pode não se pode concluir, contudo, que a eficácia da vacina, avaliada em 95%, será a mesma contra as novas cepas

Trabalhador de saúde mexicano recebendo dose da vacina da Pfizer Foto: Alfredo ESTRELLA/AFP
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A vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech se mostrou eficaz contra uma “mutação-chave” das variantes britânica e sul-africana do coronavírus – apontam resultados de trabalhos divulgados nesta sexta-feira 8 pelo laboratório BioNTech.

“Os anticorpos das pessoas que receberam a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 neutralizam, de forma eficaz, o Sars-CoV-2 com uma mutação que também se encontra em duas variantes altamente transmissíveis”, identificadas na Grã-Bretanha e na África do Sul, afirma o laboratório, em um comunicado.

Os autores destacam os limites do estudo, que não inclui o conjunto das mutações presentes nas variantes. Portanto, não se pode chegar à conclusão de que a eficácia da vacina, avaliada em 95% após duas doses, será a mesma contra as cepas em relação ao vírus clássico.

A emergência no Reino Unido e na África do Sul das duas novas variantes do coronavírus Sars-CoV-2 preocupa a comunidade internacional devido à sua maior capacidade de transmissão, segundo os primeiros dados.

A cepa tem uma mutação especial, chamada N501Y, no nível da proteína Spike (espícula) do coronavírus – a ponta de sua superfície que permite prender-se às células humanas para penetrá-las, o que desempenha um papel crucial na infecção viral.

Testes com vacinados

Para comprovar a eficácia da vacina, as equipes da Pfizer/BioNTech, associadas à Universidade de Medicina do Texas, desenvolveram um coronavírus portador desta mutação e extraíram amostras de sangue de 20 pessoas que receberam a vacina Pfizer/BioNTech, distribuída em vários países.

Não encontraram “nenhuma redução da atividade de neutralização” contra o vírus portador da mutação, em relação ao vírus clássico, segundo o comunicado.

Os autores declararam, no entanto, que os resultados são limitados, já que esta análise não foi feita no “conjunto completo das proteínas Spike encontradas nas cepas de propagação rápida no Reino Unido e África do Sul”.

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