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TV francesa dá a Bolsonaro troféus de racista e misógino do ano

O presidente eleito faturou dois dos três prêmios do Cons d’Or (Idiotas de Ouro, em tradução livre), vencendo Trump e Duterte

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O presidente eleito Jair Bolsonaro foi o grande campeão de uma inusitada competição. Mas não por um bom motivo. Bolsonaro faturou dois dois três prêmios do Cons d’Or (Idiotas de Ouro, em tradução livre): Racista do Ano e Misógino do Ano.

A disputa é promovida pelo programa Je t’aime,etc., um talk show exibido pelo canal estatal France 2.

Na disputa, a produção usou como exemplo um vídeo no qual Bolsonaro discute com a deputada Maria do Rosário, em 2003, e diz que só não a estupraria porque ela “não merece”.

Um dos apresentadores diz, em tom irônico, que Bolsonaro foi indicado por fazer uma declaração de amor a uma jornalista de seu país. “Grava aí. Eu sou o estuprador agora. Jamais estupraria você, porque você não merece”.

O discurso foi considerado mais ultrajante que outras dos presidentes Donald Trump e Rodrigo Duterte, das Filipinas. “Uma bela seleção de idiotas”, diz o outro rapaz ao encerrar a votação. A apresentadora Daphné Bürki reforçou que nenhum dos concorrentes merecia aplausos.

Para o galardão de racista do ano, o programa resgatou declarações de Bolsonaro à cantora Preta Gil, quando disse que os filhos não namorariam uma negra “porque foram muito bem criados”. Ganhou de Donald Trump, que generalizou imigrantes mexicanos como criminosos e Sinéad O’Connor, que converteu-se ao islamismo e disse que nunca mais gostaria de aproximar de não-islâmicos na vida.

Ele acabou perdendo o troféu de “Ignorante do Ano” para o rapper Kanye West, que recentemente manifestou apoio ao presidente Donald Trump e disse que escravidão foi uma ‘escolha’ dos afro-americanos.

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