Sociedade

Suspensão de operações policiais no Rio de Janeiro poupa 9 vidas por semana, diz estudo

Pesquisadores analisaram impacto da decisão do ministro Edson Fachin, do STF

Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Rio de Janeiro apresentou uma redução de 75,5% no número de mortes decorrentes de operações policiais, na comparação entre o período de 5 de junho a 19 de junho deste ano ao mesmo período entre 2007 e 2019. Os dados foram revelados por um estudo feito pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (UFF), com informações da plataforma Fogo Cruzado.

Os pesquisadores deram atenção especial ao período após 5 de junho porque foi nesta data em que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu operações policiais em favelas do Rio de Janeiro, durante a pandemia do novo coronavírus.

Ficaram autorizadas apenas as operações em hipóteses absolutamente excepcionais.

A decisão de Fachin ocorreu após a morte do adolescente de 14 anos, João Pedro Mattos Pinto, baleado dentro de casa no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, durante uma operação da Polícia Militar.

 

A pesquisa mostra que a decisão do STF poupou vidas. De acordo com os estudiosos, pelo menos 9 vidas foram preservadas por semana, 18 vidas no total dos 15 dias. Caso a decisão continue em vigor após um ano, contando 9 mortos a cada semana, nas 52 semanas do ano, a pesquisa estima que cerca de 468 cidadãos comuns e policiais teriam suas vidas preservadas.

Ainda segundo o estudo, a comparação entre os períodos mostra redução de 49,6% em relação aos feridos.

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