Sociedade
Mulher morre na fila do Cras, em Brasília, em busca de benefícios sociais
Testemunhas afirmaram que Janaína Nunes Araújo buscava atendimento há oito dias
Uma mulher de 44 anos morreu, na madrugada desta quarta-feira 17, na fila do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do Paranoá, no Distrito Federal. A unidade é a responsável por serviços como cadastramento ou atualização dos dados no CadÚnico, para que pessoas de baixa renda possam ser incluídas em programas como Tarifa Social de Energia Elétrica e Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de dar direito ao Auxílio Emergencial e ao Auxílio Brasil.
A vítima, identificada como Janaína Nunes Araújo, começou a passar mal por volta das 4h, com sinais de infarto. Ela chegou a ser levada ao Hospital Regional do Paranoá, mas não resistiu. Segundo a Secretaria de Saúde, Janaína deu entrada no Hospital Regional do Paranoá às 4h26, com “rosto roxo, corpo rígido e pupilas médio fixas”. A vítima passou por ressuscitação, mas não resistiu e teve óbito declarado às 5h.
Ainda de acordo com a pasta, a mulher se sentiu mal por volta das 20h de terça-feira 16, mas não procurou atendimento médico.
Testemunhas afirmaram que a mulher tentava atendimento há oito dias e buscava receber benefícios por ter problemas psicológicos e não conseguir trabalhar. A situação de pessoas dormindo na fila dos Cras para conseguir atendimento tem sido comum em Brasília, já que as senhas não são suficientes para atender a todas as solicitações.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social lamentou o ocorrido e afirmou que está prestando toda a assistência necessária. Informou ainda que a distribuição de senhas varia de acordo com a capacidade de atendimento diária de cada unidade e que Cras Paranoá prestou 108 atendimentos na data, entre demanda espontânea, pessoas agendadas e atendimento com algum especialista. A pasta disse ainda que foi inaugurado mais um posto de atendimento na região, com o objetivo de aumentar o número de atendimentos.
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