Sociedade

Governo analisa 33 novos pedidos de registro de agrotóxicos no País

Desde 2005, quando teve início a série histórica, o governo Bolsonaro é o responsável pelo maior ritmo de novas autorizações

Foto: Reprodução
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*Atualizada às 16h40 após nota do Ministério da Agricultura

O Ministério da Agricultura publicou nesta terça-feira 1, no Diário Oficial da União, 33 pedidos de registro de agrotóxicos para uso no País, quantidade que, se aprovada, levaria a um total de 353 produtos liberados pelo governo desde o começo de 2019.

Em comunicado de resposta à reportagem originalmente publicada, o Ministério da Agricultura afirmou que “esses são apenas pedidos de registros, ou seja, ainda vão passar por análise do Ministério da Agricultura, Anvisa e Ibama”.

Desde 2005, período em que o Ministério faz a série histórica da liberação de produtos, o governo Bolsonaro é o responsável pelo maior ritmo de novas autorizações. Até o final de agosto, já eram 325 registros. A maioria é do tipo produto técnico equivalente, ou seja, não é um produto novo no mercado e simula um composto já aprovado anteriormente, como funciona com genéricos.

Em julho, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alterou as regras de registro de agrotóxicos a fim de mudar a rotulagem dos venenos, uma medida que reduziu significativamente a quantidade de produtos considerados “extremamente tóxicos”. De acordo com a Agência, essa foi uma ação para readequação em padrões internacionais de agricultura.

Apesar de dados apontarem que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo em números absolutos, a informação é constantemente refutada pela ministra Tereza Cristina, que, quando deputada, era integrante da chamada Bancada Ruralista.

Cristina precisou dar garantias da qualidade do produto brasileiro a importadores estrangeiros, em especial aos europeus, devido à grande desconfiança gerada após o anúncio de um acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

A crise gerada pelas queimadas na Amazônia também foram alvo de comentários da ministra, que classificou o presidente francês, Emmanuel Macron, como um “oportunista” ao criticar a política ambiental brasileira.

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