Sociedade
Dilma Roussef protagoniza filme sobre mulheres presas na ditadura
O documentário “Torre das Donzelas”, que explora a história de mulheres presas na ditadura, estreia nesta quinta em 15 cidades
Estreia nesta quinta-feira 19, em 15 cidades, o documentário “Torre das Donzelas”, de Susanna Lira, obra que explora as histórias de diferentes mulheres que sofreram as dores do cárcere durante a ditadura militar. Uma das protagonistas é a ex-presidenta Dilma Rousseff, que relata o que viveu quando chegou ao presídio Tiradentes, em São Paulo, em 1970.
“Torre das donzelas”, de Susana Lira, entra em cartaz amanhã. Filme arrebatador sobre mulheres que mesmo na cadeia, mesmo torturadas, nunca se renderam.
Até o trailer é comovente:https://t.co/szHDE1rXmb— Dilma Rousseff (@dilmabr) September 18, 2019
O presídio ganhou o apelido “Torre das Donzelas” justamente por receber mulheres presas no período. O documentário reúne as ex-detentas que ficaram reclusas naquele ambiente entre o fim da década de 1960 e início dos anos 1970. A penitenciária foi demolida em 1972, mas, para o documentário, Susanna Lira reconstruiu uma réplica das instalações com base nas memórias das mulheres ex-detentas.
Na terça feira 17, a ex-presidenta Dilma Rousseff participou de uma conferência realizada na tradicional Universidade Sorbonne, em Paris, sobre o Brasil contemporâneo com o tema “O Brasil ainda é o país do futuro?”.
Na ocasião, declarou que Bolsonaro não tem um “chip” da moderação, motivo pelo qual dispara, sem pudor, ataques a figuras como a primeira-dama francesa Brigitte Macron e a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet. A petista ainda acrescentou que “ele defende a tortura e o assassinato político”, adota uma postura neofascista e neoliberal na presidência e que foi eleito devido ao golpe de 2016.
“Quando o neofascismo se junta com o neoliberalismo, é fundamental que o aspecto democrático seja ressaltado, porque é ele que cria a contradição. Porque eles [ela se refere aos apoiadores de Bolsonaro] passam a ter incômodo com o fato de ele ser tosco, com o fato de ele ser misógino”, declarou a ex-presidenta. “Ele é neo porque ele não é nacionalista, ele bate continência para os Estados Unidos”, acrescentou.
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