Sociedade
Clientes e funcionários de padaria em SP sofrem ataques racistas e homofóbicos
A agressora, a advogada Lidiane Brandão Biezok, alegou sofrer de transtornos psicológicos
Clientes e funcionários de uma padaria na zona oeste da cidade de São Paulo foram surpreendidos por atitudes agressivas de uma cliente que frequentava o local na sexta-feira 20. As agressões partiram da advogada Lidiane Brandão Biezok. Vídeos que circularam pelas redes socais mostram a mulher no balcão da padaria Dona Deôla dizendo: “É pra isso que você é paga, pra pegar restos”, enquanto atirava papeis na direção da atendente do outro lado do balcão.
Na sequência, dois clientes da padaria saem em defesa da funcionária e passam a sofrer ataques homofóbicos por parte da mulher. “Eu sou advogada internacional. Cala sua boca, sua bicha do c…”, diz a ofensora. Em determinado momento, a mulher parte para a agressão física contra um dos clientes, que não reage. As imagens foram feitas pelo amigo que o acompanhava.
A pauta de hoje é o que aconteceu na Padaria Dona Deôla, no bairro da Pompeia, em São Paulo. Uma mulher, visivelmente alterada, humilha os funcionários, agride pessoas, é racista e homofóbica. Nem a presença da polícia coibiu os ataques.
(📸: UOL) pic.twitter.com/qtVesHq98X
— Raphael Nascimento 💻📱 (@rapho_) November 22, 2020
No fim do vídeo é possível ver um policial militar dentro da padaria, após a corporação ser chamada para mediar a situação. “Ela já agrediu, já desmoralizou, já foi racista, transfóbica, homofóbica, e ela ainda consegue entrar no estabelecimento. Como que ela tem esse poder de estar aqui dentro ainda?”, questionava o rapaz que acompanhava o cliente agredido.
A mulher chegou a ser presa em flagrante pela Polícia Militar e liberada horas depois pela Justiça para cumprir prisão domiciliar. Duas vítimas registraram boletim de ocorrência contra a agressora no 91º Distrito Policial (DP), no Ceasa. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Após o caso, Lidiane alegou sofrer transtornos psicológicos. “Eu não tive a mínima intenção em ofender ninguém. Eu me senti acuada, me senti uma vitima ali de uma situação que eu não tinha como sair. Fui agressiva e estúpida mas não tenho nada contra homossexuais. Peço desculpas”, falou a advogada.
A padaria Dona Deôla se manifestou nas redes sociais com uma nota na qual afirma que “repudia qualquer tipo de discriminação e reitera, uma vez mais, o seu compromisso com a proteção e o bem estar dos seus funcionários e clientes”.
Ver essa foto no Instagram
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.