Sociedade

Caso João Alberto: Defensoria Pública quer indenização de 200 milhões de reais do Carrefour

Ação ainda pede o fechamento da unidade em Porto Alegre por cinco dias e a publicação de um plano de combate ao racismo

Pano de protesto pendurado em frente ao Carrefour onde João Alberto, o Beto, foi assassinado por seguranças (Foto: Sergio Avila / AFP)
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A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul ingressou, nesta quarta-feira 25, com uma ação civil pública contra o Carrefour e a empresa de segurança Vector pela morte de João Alberto Silveira Freitas, na última quinta 19, após ser espancado por dois seguranças em uma unidade da rede de supermercados em Porto Alegre (RS).

 

A ação pede uma indenização no total de 200 milhões de reais para as empresas, entre danos morais e sociais, para serem revertidos a fundos municipais de proteção contra a discriminação da população negra.

Soma-se à indenização o pedido de interdição cautelar, por cinco dias, da unidade do Carrefour onde o crime aconteceu, sob pena de multa diária de 100 mil reais, para “diminuir os riscos de possíveis atos hostis que poderão ocorrer em decorrência das manifestações”.

A ação também solicita que, em um prazo de dez dias, o Carrefour apresente um plano de combate ao racismo e ao tratamento discriminatório dentro de todas as suas unidades em Porto Alegre. A Defensoria pede ainda que, no mesmo planejamento, a rede de supermercados inclua treinamentos periódicos aos seus funcionários sobre a temática, com intervalo não superior a seis meses entre um e outro.

A ação ainda cobra a adoção de campanhas de conscientização em redes sociais e determina a instalação de ao menos dez cartazes em cada unidade da rede no Brasil, destacando que discriminação é crime.

Em nota à imprensa, o Carrefour informou que ainda não tomou conhecimento formal da ação apresentada pela Defensoria Pública e que “está à disposição dos órgãos para contribuir com todas as informações necessárias”.

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