Saúde

SP confirma vacinação em 25 de janeiro, com ou sem o governo federal

Gestão João Doria informa que o dossiê completo sobre a eficácia da Coronavac só virá a público após análise da Anvisa

João Doria e Jair Bolsonaro. Fotos: Divulgação/Governo de São Paulo e Marcos Corrêa/PR
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O governo de São Paulo confirmou nesta sexta-feira 8 que iniciará o processo de vacinação contra a Covid-19 em 25 de janeiro, independentemente da disposição do governo federal. Se a gestão Jair Bolsonaro antecipar a imunização, São Paulo acompanhará o novo prazo. As informações foram comunicadas pelo secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Na quinta-feira 7, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou que a vacinação, no melhor cenário, pode começar em 20 de janeiro. No cenário “médio”, entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Já no cenário “mais alongado”, entre 10 de fevereiro e o início de março.

“Se o Plano Nacional de Imunização se antecipar, iniciando em 20 de janeiro, é óbvio que o plano estadual será antecipado também, e vacinaremos todo mundo no mesmo dia. Isso é o que queremos. O que não pode acontecer é o PNI decidir postergar a data de início. São Paulo não abrirá mão de iniciar a vacinação em 25 de janeiro”, afirmou Gorinchteyn.

O secretário estadual também garantiu que o acordo entre o governo federal e o Instituto Butantan para a compra de até cem milhões de doses da Coronavac não impede São Paulo de imunizar sua população, respeitando os “ritos e normas previstos no Plano Nacional de Imunização”.

“Em todas as campanhas vacinais, especialmente de gripe, o estado de São Paulo se antecipou ao Programa Nacional de Imunização e iniciou a vacinação com as devidas doses proporcionais da sua população. O que nós queremos é cronologicamente estarmos juntos (com o Ministério da Saúde). Mas se precisarmos antecipar, assim o faremos seguindo a proporcionalidade de vacinas que serão distribuídas a todos”, acrescentou o secretário.

Dados da Coronavac

Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Jean Gorinchteyn também confirmou que a gestão João Doria (PSDB) enviou o dossiê com todos os resultados dos testes da Coronavac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Apenas após a análise da Anvisa os detalhes sobre a eficácia do imunizante serão divulgados.

“Hoje, pela manhã, o Instituto Butantan pediu de forma oficial o registro emergencial da vacina. Junto com ela, foi enviado um dossiê de cerca de 10 mil páginas para serem avaliadas por aquela agência. Esses dados, após sua análise, serão totalmente democratizados através de deliberações, fazendo com que todo e qualquer cidadão tenha acesso a essas informações”, afirmou.

Está pendente a apresentação, pelo Butantan e pelo laboratório chinês Sinocav, da taxa global de eficácia da Coronavac, que inclui o número total de vacinados que ainda assim contraíram a Covid-19.

Nesta semana, o governo Doria comunicou que os resultados da fase três dos testes clínicos no Brasil apontaram eficácia de 78% para prevenir casos leves e 100% para casos graves e mortes.

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