Política

Queiroga reforça que o governo Bolsonaro não adotará medidas restritivas: ‘Cabe a cada município’

O ministro da Saúde admitiu que o Brasil pode enfrentar uma expansão no número de casos da Covid-19: ‘É uma preocupação’

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nesta quarta-feira 26 que o Brasil pode enfrentar mais uma expansão no número de contaminações pela Covid-19, o que geraria a necessidade de retomar medidas de restrição. Ele, no entanto, deixou claro que as ações cabem aos municípios, não ao governo de Jair Bolsonaro.

“É uma preocupação. Nós assistimos agora a uma redução daquela tendência de queda de óbitos e isso pode se dever a uma flexibilização das medidas de bloqueio”, analisou. “Estávamos com medidas de bloqueio, mas quando houve mais disponibilidade de leitos, se flexibilizou. E pode haver tendência de aumento de casos, que vai se refletir em nova pressão sobre sistema de saúde. Mas também pode ser fruto de uma variante. Nós não temos essa resposta ainda”, disse Queiroga em audiência pública na Câmara dos Deputados.

“De acordo com a situação de cada município, pode ser necessário que se adote uma medida restritiva, mas cabe a cada autoridade municipal. O Ministério da Saúde fica vigilante para que se possa orientar. E vamos trabalhar juntos para que se possa evitar essa terceira onda”, acrescentou.

O ministro não mencionou diretamente a variante indiana do coronavírus, mas ela causa preocupação no Brasil. O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, identificou a cepa em um viajante que desembarcou em solo paulista. A variante B.1.617.2, da Índia, foi constatada em um homem de 32 anos, morador do Rio de Janeiro, que chegou ao aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Em nota, o instituto esclareceu que o passageiro foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, responsável pelo monitoramento no aeroporto. No entanto, o aviso sobre o caso positivo pelo órgão federal foi feito quando o homem já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro. Ainda de acordo com comunicado, o sequenciamento do vírus foi finalizado nesta quarta-feira 26.

Na Câmara, Queiroga também comentou sobre a possibilidade de o Brasil receber vacinas doadas pelo governo dos Estados Unidos. Ele classificou como positiva a promessa do presidente Joe Biden de enviar imunizantes a outros países, mas avaliou que o Brasil não deve recebê-los, “até porque comprou das indústrias americanas”.

Segundo o ministro, o esforço do Brasil se concentra na antecipação da entrega de vacinas compradas da Pfizer e da Janssen.

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