Política

Ministro da Saúde anuncia ações contra pandemia de coronavírus

Pasta anunciou reforço de médicos da atenção primária, compra de material de proteção, contratação de leitos e investimento em comunicação

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou novas medidas em audiência na Câmara dos Deputados. Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou uma série de ações para conter o coronavírus no Brasil, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar estado de pandemia nesta quarta-feira 11. Ele prestou contas a parlamentares durante audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Segundo Mandetta, o Ministério da Saúde prevê a ampliação de 1,5 mil para 6,7 mil postos de saúde no programa Saúde na Hora, com atendimento a 40 milhões de pessoas em cidades grandes e médias, em horário estendido.

A pasta também anunciou a criação de um conselho interministerial para ações de outros ministros, para adotar medidas, por exemplo, à população carcerária, hiperconcentrada em locais insalubres.

Há também investimentos nos canais de comunicação do governo para orientar os brasileiros para medidas de prevenção, como a lavagem regular de mãos e adoção de “etiqueta respiratória”, expressão que dá o nome a comportamentos como cobrir a boca ao tossir ou espirrar.

Ele reforçou que a população mais vulnerável ao contágio da doença é a de idosos. Por isso, recomendou que os brasileiros evitem contatos com pessoas da 3ª idade e não visitem casas asilares.

O Ministério assegurou o isolamento de casos suspeitos e confirmados e declarou ter investido 150 milhões de reais na compra de 20 milhões de máscaras cirúrgicas e 4 milhões de máscaras N95, além de outros 17 itens de proteção, destinados a profissionais de saúde.

Foi anunciado ainda o chamamento de 5 mil médicos para a atenção básica das atividades a partir de abril. A pasta disse ter contratado, também, mil leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Está em andamento um levantamento do número de grandes eventos de responsabilidade dos estados. No mundo, foram adiados festivais como o Coachella, nos Estados Unidos, e turnês musicais como da banda Pearl Jam e do cantor Neil Young.

Mandetta criticou o atraso da OMS em decretar estado de pandemia. Segundo ele, o Brasil fez o alerta antes e pedia que a entidade elevasse a classificação do grau de contágio para possibilitar a adoção de medidas mais simplificadas de detecção de infectados.

“Fomos os primeiros, os nossos especialistas, a falar: é uma pandemia. Se tivesse feito isso antes, a gente não precisaria ficar procurando, colocando meus médicos para falar: mas que avião você entrou? Em qual voo você estava?”, disse o ministro.

O Brasil já tem 37 casos confirmados de coronavírus, espalhados nos estados de Alagoas (1), Bahia (2), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1), Rio de Janeiro (10), São Paulo (19), Rio Grande do Sul (2) e Distrito Federal (1). Segundo a OMS, a doença já está presente em 114 países e já registrou mais de 118 mil casos no mundo.

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