Política

Rocinha e Manguinhos, duas das maiores favelas cariocas, têm 8 mortes por covid-19

Maiores comunidades cariocas confirmam óbitos e aumentam preocupação com proliferação do novo vírus

A favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Foto: Alexandre Macieira/Riotur
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A favela da Rocinha, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, teve cinco mortes confirmadas nesta quarta-feira 8, e a favela de Manguinhos, na zona norte, teve três óbitos. As duas estão entre as maiores comunidades da capital. A informação é da secretaria estadual de Saúde fluminense.

São os primeiros falecimentos identificados em comunidades cariocas. Na Rocinha, quatro mortos são do sexo masculino e um do feminino, sendo duas pessoas com mais de 60 anos, duas entre 50 e 59, e uma entre 40 e 49. Em Manguinhos, os três óbitos são de pessoas entre 50 e 59 anos, dois do sexo masculino e um do feminino. Não há informação sobre comorbidades.

A proliferação do vírus nesses locais causa preocupação pela precariedade nas moradias, a falta de saneamento básico e a alta aglomeração de pessoas.

Um levantamento realizado pelo DataFavela e pelo Instituto Locomotiva, entre os dias 4 e 5 de abril, mostrou a falta de água, de comida e de acesso a suprimentos entre moradores desses locais. Segundo a pesquisa, 56% dos entrevistados afirmaram que só conseguiriam ter mantimentos para a casa por mais uma semana. Depois disso, seria necessário buscar ajuda ou encontrar formas de trabalho. Foram realizadas 1.808 entrevistas em 269 favelas.

Frente a isso, campanhas recolhem doações para destinar itens de prevenção a essas regiões. No Twitter, o jornal Voz das Comunidades divulgou uma iniciativa de arrecadação para obter água, álcool em gel e sabonetes

Além da Rocinha e de Manguinhos, outras favelas têm casos de coronavírus confirmados. De acordo com painel da prefeitura do Rio de Janeiro, há seis infectados na Rocinha, seis em Manguinhos, dois na Cidade de Deus, um no Complexo do Alemão, um no Vidigal, entre outras localidades.

No total, a cidade contabiliza 59 óbitos e 1.251 contaminados. Segundo o Ministério da Saúde, em atualização na terça-feira 7, o estado do Rio de Janeiro tem 89 mortes, a segunda unidade federativa com maior letalidade, atrás apenas de São Paulo.

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