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Itália tem novo recorde e registra 793 mortos em um dia por coronavírus

Já são quase 5 mil óbitos no país europeu, como consequência da pandemia

Médicos se consolam em hospital na Itália, devido a impactos do coronavírus. Foto: Paolo Miranda/AFP
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A Itália registrou, neste sábado, um novo recorde de mortes em 24 horas, com 793 falecimentos, elevando o número de mortos a 4.825 pela pandemia de coronavírus na península em um mês, segundo dados da Proteção Civil. As autoridades italianas anunciaram 6.557 novos casos positivos, outro recorde preocupante.

A região de Milão, Lombardia (norte), onde os serviços de saúde estão sobrecarregados, registrou a grande maioria das mortes (546) e metade dos novos casos.

As autoridades lombardas pediram ao chefe de governo Giuseppe Conte que tome “medidas mais coercitivas” e imponha “novas restrições”, mais severas que a proibição de reuniões e as restrições aos movimentos em vigor desde 10 de março.

“Chegou a hora de parar, mas realmente”, escrevem o prefeito de Bergamo, Giorgio Gori, e o presidente da província, Gianfranco Gafforelli, em uma carta ao primeiro-ministro.

“A situação em toda a região da Lombardia está assumindo o ar de tragédia e isso é ainda mais evidente, infelizmente, em nossa província de Bergamo, onde vemos muitos homens e mulheres morrendo todos os dias (…) sem podermos nem mesmo dizer um adeus”, escreveram as autoridades.

 

“Dados os numeros que todos conhecem, não é concebível que ainda hoje apostem no bom senso dos cidadãos chamados a respeitar as regras sujeitas às mais diversas interpretações”, estimaram. “Os movimentos no território ainda são muito numerosos e muitos constituem um vetor para esse vírus”, acrescentaram.

Paolo Grimoldi, deputado da Lombardia (Liga, extrema direita), também pediu que “o governo intervenha imediatamente (…) para paralisar tudo na Lombardia”.

Quinta-feira, o vice-presidente da Cruz Vermelha chinesa, Sun Shuopeng, vindo para ajudar os italianos com sua experiência, julgou que as medidas tomadas na Itália “não são suficientemente restritivas”.

“Precisamos interromper toda a atividade econômica. Todo mundo precisa ficar em casa”, disse ele. “A situação é grave. Nos próximos dias, será dramático”, escreveu a Giuseppe Conte a ordem dos médicos do Piemonte, região de Turim, onde o número de mortos chega a 238 mortos.

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