Saúde

Flávio Dino dribla Trump e Bolsonaro para comprar respiradores da China

O estado do Maranhão já havia tentado realizar a compra desses equipamentos outras vezes e foi barrado

Governador do Maranhão, Flávio Dino. Foto: Gilson Teixeira/GMA
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O estado do Maranhão recebeu, na noite desta terça-feira 14, um carregamento vindo da China com 107 respiradores e 200 mil máscaras para o enfrentamento do coronavírus. Mas para que essa carga chegasse ao estado, o governo de Flávio Dino (PCdoB) teve que montar uma “operação de guerra”.

A administração estadual já havia tentado realizar a compra desses equipamentos outras vezes, e nas três tentativas foi barrada. Em duas situações, Estados Unidos e Alemanha pagaram mais aos fornecedores chineses e levaram os respiradores que estavam reservados pelo Maranhão. Em outra, numa compra interna, o governo federal confiscou toda a produção nacional para distribuir os equipamentos de acordo com seus critérios.

E foi aí que a equipe de Flávio Dino traçou uma estratégia para conseguir realizar a compra dos equipamentos. O governo mudou a rota de compra e trouxe a mercadoria pela Etiópia. Ao desembarcar em São Paulo, a carga foi direto para o Maranhão e só lá passou pelos trâmites da Receita Federal, evitando assim que ficassem em SP por ordem do governo federal. Segundo a Folha de S. Paulo, a operação custou R$ 6 milhões e envolveu 30 pessoas.

Todos os equipamentos foram comprados com dinheiro doado pela iniciativa privada. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, mais de R$ 10 milhões já foram doados por empresário locais ao governo do Maranhão desde o início da pandemia de covid-19.

“Sabemos que tem uma guerra mundial atrás desses equipamentos. Eles hoje valem ouro no mercado mundial. Todos os países querem adquiri-los ao mesmo tempo. Então teremos 107 leitos de UTI  a mais e teremos mais chances de salvar muitas vidas”, disse o secretário da Saúde do estado, Carlos Lula.

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