Saúde

Estudo de Oxford diz que imunidade da Covid-19 dura seis meses

Análise mostrou que a imunidade adquirida pelas pessoas curadas após um contágio diminui rapidamente

Representação criativa de partículas do vírus Sars-CoV-2. Foto: NIAID Representação criativa de partículas do vírus Sars-CoV-2. Foto: NIAID
Apoie Siga-nos no

De acordo com uma pesquisa divulgada pela universidade Oxford, apresentada nesta sexta-feira 20, as pessoas contaminadas pelo SARS-Cov-2 têm poucas chances de contrair a doença nos seis meses seguintes.

 

O estudo, que ainda não foi disponibilizado para outros cientistas, é baseado em uma pesquisa realizada entre abril e novembro de 2020 com 12.180 profissionais da saúde que atuam nos hospitais universitários de Oxford. As equipes foram regularmente testadas para determinar se tinham desenvolvido anticorpos ou pego a Covid-19.

“Não detectamos nenhuma infecção assintomática nos participantes que haviam feito um teste sorológico com resultado positivo”, declarou o professor David Eyre, do departamento Nuffield de Saúde Pública da universidade britânica. Os 89 participantes com sorologia negativa para os anticorpos contraíram o vírus e tiveram sintomas, acrescentou.

Para o especialista, isso indica que, mesmo a curto prazo, a maioria das pessoas contaminadas estará protegida. “Os níveis de anticorpos diminuem com o tempo, mas esse último estudo mostra a existência de imunidade em quem já pegou o vírus”, diz.

No total, 1.246 profissionais que participaram do estudo tinham anticorpos e nenhum deles desenvolveu uma nova infecção com sintomas. Três deles tinham anticorpos e testaram positivos para a Covid-19, mas sem apresentar sintomas.

Mais de 53 milhões de casos foram oficialmente diagnosticados no mundo desde o início da epidemia, sendo que mais de 36 milhões são consideradas curadas. Poucos casos de pessoas contaminadas duas vezes foram registrados. Os pesquisadores vão continuar a pesquisa com o mesmo grupo para avaliar “quanto tempo dura a proteção e se uma primeira infecção anterior evita uma doença grave caso haja uma nova contaminação”, explicou.

Anticorpos de outras doenças previnem Covid-19?

Um outro estudo britânico, realizado pelo Imperial College de Londres e o Instituto Ipsos Moris, publicado no mês passado, mostrou que a imunidade adquirida pelas pessoas curadas após um contágio diminui rapidamente, principalmente em casos assintomáticos.

Os pesquisadores também estudam a possibilidade de anticorpos gerados por ourtras infecções protegerem, de maneira parcial ou total, de uma eventual contaminação. Isso explicaria porque muitas pessoas, no contato próximo com doentes, não se contaminam.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo