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Coronavac reduz chances de morte por Covid-19 em 80%, diz estudo chileno

Dado é relativo ao recebimento das duas doses do imunizante. Efetividade em prevenir mortes só com a 1ª dose foi 50% menor

A auxiliar de enfermagem Zulema Riquelme foi a primeira a receber a vacina no Chile. Foto: Marcelo Segura/AFP
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Um estudo apresentado pelo Ministério da Saúde chileno na sexta-feira 16 mostrou que a Coronavac, utilizada em mais de 90% dos imunizados na campanha de vacinação mais célere da América do Sul, preveniu a morte em 80% dos vacinados 14 dias após a aplicação da 2ª dose.

Outros dados apresentados corroboram com o impacto da vacinação na população: o imunizante foi responsável por prevenir Covid-19 sintomática em 67% dos avaliados pelo estudo, taxa que chegou a 89% quando se trata da necessidade de um tratamento em UTIs. Com a vacinação completa, entre 100 pessoas infectadas pelo vírus que necessitariam de internação, 85 não precisariam mais da hospitalização caso estivessem vacinadas.

No entanto, as taxas de efetividade mostraram-se significativamente menores quando o cenário era de aplicação apenas da 1ª dose. A prevenção à forma sintomática da Covid ficou em 16,3%, a redução de hospitalizações foi de 35,6%, a necessidade de internação de UTI foi a 42,7% dos pacientes e a prevenção às mortes foi metade menor do que o observado com as duas doses – uma efetividade de 40,2%.

A pesquisa foi realizada com 10,5 milhões de chilenos maiores de 16 anos que foram separados em 3 grupos – os não vacinados, os que receberam apenas a 1ª dose e os que haviam recebido a 2ª dose da vacina após 14 dias do primeiro passo para a imunização.

De acordo com o governo local, 33,7% dos chilenos já receberam ambas as doses, o que representa um total de 5,1 milhão de pessoas. No monitoramento do portal Our World in Data, o país aparece na 5ª posição entre as nações que mais administraram doses a cada 100 mil habitantes. Já no ranking dos países que proporcionalmente mais completaram a vacinação com as duas doses, o Chile fica atrás apenas de Israel.

Com a mesma vacina só que a passos lentos, o Brasil só imunizou por completo 3,8% da população. Apesar do número de doses administradas – cerca de 33 milhões – colocar o País próximo a países como o Reino Unido, a efetividade da campanha, como demonstra o estudo, depende de uma ampla aplicação das duas fases da imunização.

“Em um cenário de alta atividade epidêmica e em grupos suscetíveis (idade avançada e com comorbidades), a vacina estudada protege contra a infecção sintomática por SARS-COV-2, assim como outras formas mais graves de enfermidade. Como não temos vacinas 100% efetivas, é fundamental que todos nos vacinemos”, conclui o estudo.

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