Saúde

Cientista de Oxford diz que vacina contra coronavírus este ano é possível, mas não certeza

Há expectativa que 1 milhão de doses da potencial vacina sejam produzidas até setembro

Fioto: AFP.
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É possível que a vacina desenvolvida pela universidade britânica Oxford contra a Covid-19 esteja disponível até o final deste ano, mas não há certeza de que isso vai acontecer, disse a principal desenvolvedora da pesquisa nesta terça-feira (21).

As primeiras fases de testes da vacina contra o coronavírus conseguiram identificar a criação de anticorpos contra o Sars-Cov-2 e a criação de células-T para combater a infecção. Foi o que anunciaram ontem os pesquisadores da universidade.

A notícia foi publicada na revista médica britânica The Lancet e traz detalhes sobre a resposta imunológica da vacina em desenvolvimento, que tem parte da terceira fase – a de testes – sendo realizada no Brasil.

 

“A meta do final do ano para ter a vacina disponível é uma possibilidade, mas não há absolutamente certeza sobre isso, porque precisamos que algumas coisas aconteçam”, disse Sarah Gilbert à Rádio BBC.

Isso porque para se tornar disponível é necessário provar a eficiência da vacina, o licenciamento de órgãos reguladores, além da fabricação de doses em larga escala. “Todas essas três coisas têm que acontecer e se juntarem antes que possamos começar a ver uma grande quantidade de pessoas vacinadas”, disse ela.

Os cientistas de Oxford esperam que 1 milhão de doses da potencial vacina sejam produzidas até setembro. “Estamos esperançosos, particularmente por causa das baixas taxas de incidência no Reino Unido, de que os indivíduos recrutados no Brasil e na África do Sul serão, em última instância, capazes de fornecer os dados.”

Brasil participa de fase de testes desta e de outras vacinas

A terceira fase da “vacina de Oxford”, como ficou conhecida, possui testagem no Brasil devido a uma parceria estabelecida entre a Universidade e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Cerca de 2 mil voluntários em São Paulo e mil no Rio de Janeiro receberam a dose a partir de 20 de junho.

O acordo, quando celebrado, prevê a transferência de tecnologia de formulação, o envase e o controle de qualidade. Será utilizada a previsão legal de encomenda tecnológica prevista na lei nº 10.973, de 2004, e amparada na lei de licitações, a 8.666, de 1.993.

A Coronavac, vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, começa a ser testada no Brasil nesta terça-feira 21.

As primeiras unidades chegaram nesta madrugada ao Brasil. O imunizante será aplicado em cerca de 9 mil voluntários em seis estados: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

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