Política

YouTube derruba vídeo em que Bolsonaro mente sobre urnas a embaixadores

Na justificativa, a plataforma informou que proíbe conteúdo com informações falsas sobre fraude nas urnas

O presidente Jair Bolsonaro (PL), durante reunião com embaixadores: Reprodução
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O YouTube derrubou o vídeo com a transmissão da reunião do presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores de outros países, realizada em 18 de julho, quando o chefe do Executivo reproduziu versões já desmentidas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas.

A postura da plataforma representa uma mudança à adotada em nota ao jornal Folha de S. Paulo em 21 de julho, em que havia dito não ter observado violação às políticas da empresa.

Em nota nesta quarta-feira 10, o YouTube informou que a sua política de integridade eleitoral “proíbe conteúdo com informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores”.

O episódio foi criticado por diversos especialistas e atores políticos como um ensaio para um golpe e uma tentativa de promover uma reedição da invasão ao Capitólio nos Estados Unidos. O presidente e os seus aliados, no entanto, negam essas intenções.

As declarações de Bolsonaro a embaixadores motivaram a organização de uma mobilização marcada para esta quinta-feira 11, na Universidade de São Paulo, onde será lido um documento assinado por milhares de pessoas e intitulado como Carta pela Democracia. Há atos marcados em todos os estados do Brasil.

Confira a nota na íntegra do YouTube

O YouTube é uma plataforma de vídeo aberta e qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as nossas diretrizes de comunidade.

A política de integridade eleitoral do YouTube proíbe conteúdo com informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados. Essa diretriz agora também se aplica às eleições presidenciais brasileiras de 2014, além do pleito de 2018.

Já nossa política de discurso de ódio proíbe conteúdo que negue, banalize ou minimize eventos históricos violentos, incluindo o esfaqueamento de Jair Bolsonaro. O discurso de ódio não é permitido no YouTube, e removeremos material sobre o esfaqueamento de Jair Bolsonaro que viole esta política se não fornecer contexto educacional, documental, científico ou artístico no vídeo ou áudio.

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