Política

“Xiitas ambientais fazem campanha contra o Brasil”, diz Bolsonaro

‘Eu não sei por que essa gente tem tanto amor por ONGs estrangeiras’, afirmou o presidente na Bahia

Foto: Alan Santos/PR
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Em inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, na Bahia, Jair Bolsonaro afirmou que tem “uma profunda repulsa por quem não é brasileiro” quando se trata de questões ambientais no Brasil. Segundo ele, “xiitas ambientais” impediriam o crescimento de empreendimentos em reservas ecológicas. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

“Eu tenho um sonho. Quero transformar a baía de Angra [dos Reis, no Rio de Janeiro] numa Cancún. Cancún fatura 12 bilhões de dólares anuais. E a baía de Angra fatura o quê? Quase zero, por causa dos xiitas ambientais, esses que fazem uma campanha enorme contra o Brasil lá fora. Eu não sei por que essa gente tem tanto amor por ONGs estrangeiras. […] Não temos preconceito contra ninguém, mas temos uma profunda repulsa por quem não é brasileiro”, falou a jornalistas.

Não é a primeira vez que Bolsonaro defende a extinção do status de Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral da Estação Ecológica de Tamoios a fim de promover o turismo na região. Nas últimas semanas, ele também se envolveu com declarações negativas acerca do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e os monitoramentos de desmatamento na Floresta Amazônica. Para o presidente, os dados podem gerar uma propaganda negativa do Brasil no exterior.

O presidente está na cidade baiana após falas consideradas ofensivas dirigidas aos nordestinos, a quem chamou pejorativamente de ‘paraíbas’. No evento, o presidente buscou se redimir e afirmou que amava o Nordeste.

A declaração original gerou insatisfação entre os gestores estaduais da região, que publicaram uma carta em conjunto. No documento, os governadores dizem que receberam a notícia com “espanto e profunda indignação” e exigiram esclarecimentos. Flávio Dino, do Maranhão, defendeu, em sua rede, que “independente de suas opiniões pessoais, o presidente não pode determinar perseguição contra um ente da Federação”.

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