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Terrorismo bolsonarista

O presidente aposta na violência e no caos em busca de justificativa para um golpe. Quem irá detê-lo?

Entre tantas possibilidades, recordemos desta: apologia da execução durante um evento “cristão” em 2019. Arruda, em sua festa, sem saber o que viria. Guaranho, o assassino, com Eduardo Bolsonaro - Imagem: Rebeca Figueiredo Amorim/Getty Images/AFP e Redes sociais
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Verenilde Santos Pereira, escritora de 67 anos, está espremida na grade que separa o público do palco onde Lula subiria com atraso, dali a uma hora e meia, em um centro de convenções de Brasília. As caixas de som repetem músicas de Juliano Maderada, autor e cantor de canções bem brasileiras a favor do petista. Verenilde é do Amazonas e lá trabalhou no primeiro jornal do País dedicado à causa indígena, o Porantim. Mora há uma década na capital federal, onde se trata de um câncer. Na terça-feira 12, estava acompanhada de uma neta. “De uma forma tão descarada, não. A ditadura militar tinha mais pudor”, comenta, ao ser perguntada se já tinha visto algo parecido com a violência política que avança às vésperas da campanha. O despudor a assusta? Deixará de ir às ruas pelo ex-presidente? “Tenho mais coragem do que medo”.

Tentar impedir que o medo, sentimento paralisante, domine partidários lulistas foi o objetivo dos discursos no evento. Era a primeira aparição pública do ex-presidente após o assassinato do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, tesoureiro do PT em Foz de Iguaçu, no Paraná, por um apoiador de Jair Bolsonaro, o agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho. Homicídio cometido no aniversário de 50 anos da vítima, na noite do sábado 9, com o atirador a gritar “aqui é Bolsonaro” e a xingar Lula e o PT, conforme o boletim de ocorrência do crime. “Extremismo”, lamentou publicamente a viúva, Pâmela Suelen Silva, sensação compartilhada pela mãe de Guaranho. “O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política”, disse Dalvalice Rosa ao portal UOL.

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