Política

Tabata Amaral defende ‘furar a polarização’, mas diz ter ‘muita facilidade’ para votar em Lula

A CartaCapital, a deputada federal analisou o cenário eleitoral e não descartou apoiar Ciro Gomes

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A deputada federal Tabata Amaral (SP), que obteve na Justiça o direito de deixar o PDT mas conservar o mandato, afirmou nesta quarta-feira 14, em entrevista a CartaCapital, que não há qualquer paralelo entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro.

Ela disse ter votado em Fernando Haddad no 2º turno das eleições de 2018 e ver com “muita facilidade” o voto “em qualquer oponente democrata a Bolsonaro, inclusive Lula”, em 2022.

Tabata declarou, porém, achar “importante uma construção que fure essa polarização”, já que “é muito arriscado considerar que Bolsonaro já está fora da disputa”.

“A gente viu o que uma facada fez da noite para o dia. Dada essa polarização, dada a força do antipetismo – justificada ou não -, me parece muito importante construir um projeto com ou sem o PT, que consiga ir da esquerda à centro-direita”, ponderou.

Segundo a deputada, não se pode descartar o endosso à candidatura de Ciro Gomes, do PDT, caso haja “o entendimento de que ele “tem capacidade de aglutinar esse campo democrático”.

“[Mas] Não é o que eu enxergo acontecendo hoje, até por uma estratégia que o Ciro adotou durante a prisão do Lula. Ele foi para a esquerda achando que herdaria esses votos. Com a saída do Lula, não está muito claro para as pessoas o posicionamento do Ciro, se ele vai para o centro ou permanece disputando os votos da esquerda – que a gente sabe que vão majoritariamente para o Lula”, acrescentou.

Tabata Amaral também comentou seus planos após se desfiliar do PDT. “Com todos os partidos que converso, o primeiro tema é: qual vai ser a postura de vocês em 2022? Em um possível 2º turno entre A e B, mas também no 1º turno. Vai ser de construção, a mais ampla possível? A segunda coisa é o entendimento da minha luta pela educação, pelo direito das mulheres, contra a desigualdade”, explicou a deputada.

“Muitos partidos não sabem para onde vão ano que vem, porque a situação está muito confusa ainda. Mas converso com muitos partidos, especialmente de centro-esquerda e de centro, porque eu me coloco na centro-esquerda”, completou.

Assista à íntegra da entrevista:

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