Política

Eu não estou preso, eu sou refém, diz Lula da prisão em Curitiba

Ex-presidente está preso encarcerado desde abril deste ano. Ele não deixará a cadeia antes de 2019

Lula liderava as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais até ser preso Lula liderava as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais até ser preso
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta quinta-feira 20 por meio de sua conta no Twitter para dizer o que pensa sobre sua prisão, que teve início em abril deste ano. “Eu não estou preso, eu sou refém. Quem não entendeu isso ainda não entendeu o que está acontecendo comigo”, reproduziu a conta do ex-presidente. A reportagem apurou que a frase foi mesmo dita por Lula, de dentro da sede da Polícia Federal em Curitiba, e reproduzida por seus assessores na rede social. Veja abaixo.

A manifestação de Lula vem um dia após o ato do ministro Dias Toffoli, que derrubou a decisão liminar de seu colega Marco Aurélio Mello, que determinava a libertação de todos os que estão presos no país por terem sido condenados em segunda instância.

Leia também: Toffoli derruba liminar de Marco Aurélio, e Lula continuará preso

De acordo com nota oficial divulgada pelo PT nesta quinta, “não há precedentes, na tradição brasileira, de uma perseguição tão cruel a um líder político reconhecido internacionalmente.”

A sigla destaca um ponto específico no imbróglio a que o país assistiu na última quarta. É que a procuradora-geral da república, Raquel Dodge, decidiu insurgir-se contra a decisão de Marco Aurélio Mello, mas não quanto a seu efeito geral, que colocaria em liberdade todos aqueles que estão tendo sua pena antecipada no país. Ela só interpôs recurso contra a soltura de Lula, única e especificamente Lula, conforme destaca a nota:

“A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, rebelou-se contra a Justiça e requereu a suspensão da liminar (o que não tem precedentes), e o fez especificamente em relação ao cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, e somente a Lula, sendo que a decisão do ministro Marco Aurélio dirigia-se indistintamente a todos que cumprem prisão antecipada antes do trânsito em julgado.””

Clique aqui para ler a íntegra da nota.

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