Política

Quando associado a Lula, Kalil lidera com 10 pontos de vantagem em Minas, diz Quaest

Resultado do cenário geral, no entanto, mostra chances de vitória do atual governador Zema já no primeiro turno

Alexandre Kalil e Lula. Foto: Ricardo Stuckert
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A quarta rodada da pesquisa da Quaest em Minas Gerais revela que o atual governador Romeu Zema (Novo) seria o favorito dos eleitores neste momento. Ao todo, marcam voto no político 46% dos entrevistados. O resultado revela chances de Zema vencer a disputa ainda no primeiro turno, já que o segundo colocado, Alexandre Kalil (PSD), aparece apenas com 24% no levantamento divulgado nesta sexta-feira 12.

O atual governador, segundo os dados do levantamento, é puxado pelos votos que obtém no interior do estado, já que segue perdendo para Kalil na capital, Belo Horizonte. Há, no entanto, uma melhora nas intenções de voto em Zema na região metropolitana de BH, onde ele já empata tecnicamente com Kalil. O ex-prefeito, por sua vez, recuou nas duas regiões onde liderava com folga, mostram os dados do levantamento.

Segundo o cientista político Felipe Nunes, responsável pela pesquisa, o desempenho do candidato do Novo nesta sexta também seria puxado pela melhora na avaliação do seu atual mandato e por Kalil ainda não ter conseguido transformar a boa avaliação que tem à frente da prefeitura de BH em votos, em especial, entre eleitores do interior do estado.

Ainda de acordo com o pesquisador, apesar dos resultados mostrarem boa vantagem de Zema neste momento, é possível que o cenário seja alterado com o início da campanha eleitoral. Isso porque, explica Nunes, Kalil ainda não conseguiu associar sua imagem de forma efetiva ao ex-presidente Lula (PT).

“Enquanto Zema tem 68% dos eleitores de Bolsonaro, Kalil tem apenas 37% dos eleitores de Lula, o que explica a larga dianteira do atual governador já que 80% dos eleitores de Minas não sabem dizer quem é o candidato apoiado por Lula para o governo”, destaca Nunes. “Com o tempo de TV e a campanha, essa informação deve circular mais, sugerindo que Kalil tem potencial para melhorar seu desempenho no eleitorado vermelho”.

Nunes também reforça que o candidato do PSD tem alto nível de desconhecimento, o que também poderá mudar com o início das inserções na TV. “Kalil continua desconhecido, o que atrapalha seu crescimento. Aproximadamente 40% dos eleitores não o conhecem ainda, nem de ouvir falar. Sua rejeição é baixa, não chega a 30%”.

As afirmações do cientista ganham ainda mais força ao olhar para o recorte da pesquisa que associa Kalil a Lula. Quando as duas candidaturas estão relacionadas, Kalil assume a dianteira da disputa, ultrapassando Zema e abrindo 10 pontos de vantagem. Neste cenário, o ex-prefeito soma 33% das intenções de voto, enquanto Zema, apoiado por Felipe D’Avila (Novo), tem apenas 23%. Vale ressaltar que, nestas associações, Carlos Viana (PL) salta de 6% que tem no cenário geral para 19% ao ter seu nome ligado à campanha de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo turno

A pesquisa Quaest desta sexta também monitorou o desempenho de Zema e Kalil em um eventual segundo turno. Neste caso, Zema venceria por 55% a 29%. “A vitória de Zema sobre Kalil no segundo turno é explicada pela transferência de votos de Viana para Zema. Metade dos eleitores que escolhem Viana no primeiro turno, optariam por Zema no segundo”, diz Nunes.

Senado Federal

Para o Senado, a eleição mineira estaria ainda em aberto, já que 90% dos eleitores indicam indecisão neste momento. O alto percentual é explicado pelo nível de desconhecimento de todos os candidatos que postulam o cargo. Neste momento, segundo a pesquisa, nenhum dos nomes é conhecido do eleitor.

Dos que indicam algum voto quando estimulados pela lista de nomes apresentada, 19% teriam preferência por Cleitinho Azevedo (PSC). Há ainda 8% que aparecem como apoiadores de Alexandre Silveira (PSD), 6% que indicam voto em Sara Azevedo (PSOL), 5% em Bruno Miranda (PDT) e 4% em Marcelo Aro (PP).

O levantamento mostra ainda que Silveira, ao ser associado com seus companheiros de chapa (Kalil e Lula), salta numericamente na frente. Neste cenário, o senador marcaria 28% das intenções de voto, ante 27% de Cleitinho apoiado por Bolsonaro e Viana. Aro, apoiado por Zema e D’Avila, chegaria a 12%.

O levantamento desta sexta-feira foi encomendado pela consultoria de investimentos Genial e ouviu 2 mil eleitores de MG entre os dias 6 e 9 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, com nível de confiabilidade de 95%. No Tribunal Superior Eleitoral os registros do levantamento são os BR-08299/2022 para o recorte nacional e MG-09990/2022 para os dados do cenário regional.

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