Política

Programa de Haddad defende aulas sobre racismo estrutural para policiais

O plano apresentado pelo candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes inclui valorização e formação de profissionais de segurança

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, registrou nesta quarta-feira 10 as linhas gerais de seu plano de governo no Tribunal Superior Eleitoral.

O documento prevê políticas de geração de renda, vinculadas à alimentação e à agricultura familiar. A segurança pública também ganhou destaque, com a defesa da valorização da carreira policial, mediante oferta de melhores condições de trabalho e salários, formação continuada e suporte psicossocial aos agentes.

“Para atingir metas de redução da criminalidade, de aumento da resolutividade de crimes, de redução da letalidade, associaremos com a valorização da carreira e recomposição do quadro profissional a formação continuada e o investimento em tecnologia e inteligência”, propõe o programa.

Novos protocolos operacionais deverão ser criados, como a inclusão de uma disciplina sobre racismo estrutural nas escolas e academias das polícias e a ampliação no uso de câmeras em uniformes pelos agentes.

A reforma do sistema prisional também estará no foco de um eventual governo do PT no estado, “em atuação integrada e efetiva com o Sistema de Justiça, implementando maior fiscalização e controle nos presídios estaduais, com ampliação dos Centros de Ressocialização e separação de presos condenados por crimes de menor potencial daqueles que cometeram crimes mais graves”.

Uma das estratégias consiste no investimento em uma política ampla de reinserção dos presos e egressos do sistema prisional no mercado de trabalho.

Entre os caminhos para a geração de empregos no estado está a expansão dos serviços públicos, com a retomada do investimento em saúde, educação, segurança pública e assistência social.

“Além disso, o Estado pode cumprir um papel definidor na inclusão, a fim de garantir mais oportunidades para setores tradicionalmente marginalizados no mercado de trabalho, como mulheres, negras e negros, jovens, imigrantes e refugiados, e para populações em situação de vulnerabilidade, como já foi feito de maneira exemplar pela gestão Haddad por meio do programa TransCidadania.”

O documento ainda prevê a democratização do acesso à saúde, com foco no combate às desigualdades de raça, atrelado a políticas de habitação e saneamento. 

“Vamos fortalecer estratégias ligadas à saúde integral da população LGBTQIA+, em especial a atenção aos ambulatórios de saúde integral para travestis e transexuais”, prossegue o plano. “Ter um foco na formação de profissionais do SUS para atendimento focalizado e melhor metodologia de tratamento, considerando diferentes identidades de gênero e orientações sexuais, a realidade e as vivências de cada um, ampliando também a oferta de profissionais ligados à saúde mental, como psicólogos e terapeutas.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo